quinta-feira, julho 27, 2006


Israel afirmou nesta quinta-feira
que deve continuar os ataques
contra o Líbano por "várias
semanas", ao mesmo tempo em
que intensificou a ofensiva com
bombardeios contra uma base
do Exército libanês e uma
emissora de rádio.

"Eu parto do princípio de que vamos continuar por várias
semanas, e em algumas semanas devemos poder declarar
vitória", afirmou o general Udi Adam, o chefe do comando
militar do norte de Israel.

Nesta quinta-feira, o governo israelense deve se reunir
para decidir se a escala das operações vai ser ampliada.

O ministro da Justiça israelense, Haim Ramon, afirmou
que a conferência internacional que aconteceu na quarta-
feira, em Roma, na prática deu sinal verde para a
continuação da ofensiva até que o Hezbollah seja derrotado.

"Ontem recebemos em Roma permissão do mundo...para
continuar a operação", disse Ramon.

A reunião em Roma terminou sem que se chegasse a um
acordo sobre um cessar-fogo imediato no Líbano.

De acordo com o correspondente da BBC em Tiro, Jim Muir,
as forças israelenses continuam com os bombardeios nos
arredores da cidade, paralelamente a incursões em
apartamentos na cidade, levando milhares de pessoas a
abandonar a cidade.

Reduto do Hezbollah

Os confrontos também continuam nos arredores da cidade
de Bint Jbail, no sul do Líbano, onde nove militares
israelenses morreram na quarta-feira.

A cidade é considerada um reduto do Hezbollah e é onde
Israel sofreu as maiores baixas no conflito.

O poder de fogo do grupo militante tampouco parece ter
sido afetado pela ofensiva israelense.

Na quarta-feira, foram disparados 150 mísseis do Hezbollah
na direção de Israel, o maior número desde o início do
conflito.

Segundo o correspondente da BBC em Tiro, o objetivo do
primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, de expulsar a
força do Hezbollah da fronteira para impedí-los de continuar
a lançar mísseis contra Israel, deve levar várias semanas.

Ainda nesta quinta-feira, o governo da Austrália anunciou
que vai retirar soldados seus em operação no Líbano, depois
da morte de quatro observadores da ONU em um ataque
aéreo de Israel.

O primeiro-ministro australiano, Alexander Downer, afirmou
que enviar uma equipe de paz para o sul do Líbano
enquanto os conflitos continuam seria uma "missão suicida".

De acordo com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o
bombardeio parece ter sido "deliberadamente calculado".

Representantes de diversos países decidiram na quarta-feira,
em Roma, que é necessário o envio de tropas de paz para a
região, porém, não conseguiram chegar a um acordo sobre
quando e como seria essa operação.

da BBC Brasil

Ainda a semana passada abordei esta questão
afirmando não acreditar que Israel continuasse
a bombardear o Libano só durante esta semana,
com a qual tinham concordado os EUA. E não
passou muito tempo para aqui ficar provado de
que eu tinha razão.

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