E pareceu-me importante que tenha efectivamente feito, embora sem recurso a cábulas nem folhas de apontamento para responder às perguntas que lhe foram feitas pelos moderadores José Alberto de Carvalho e Judite de Sousa. Julgo mesmo que a líder da oposição recentemente eleita senão ficou esclarecida com esta entrevista nunca mais conseguirá ficar. O investimento tal como ele afirmou nas barragens hidro-eléctricas vai ser privado não constituindo portanto qualquer encargo para o erário público. A rede viária com excepção de três lanços no interior do norte do país vai ser também um investimento a realizar pelas empresas concessionárias de auto-estradas, tal como o alargamento da A/1 que como se sabe já regista elevados congestionamentos de tráfego com prejuízo para os seus utentes.
O TGV vai ser subsidiado substancialmente pela UE, sendo outra parte suportada pelo erário público. O único investimento no qual se insiste e me parece não ter justifificação face ao futuro que se avizinha em termos do custo incomportável do preço dos bilhetes de avião, em consequência do substancial aumento do preço do barril do petróleo, julgo que merecia uma reflexão para a sua não concretrização uma vez que a própria TAP prevê face aos prejuízos avultados recentemente anunciados, excluir alguns itinerários hoje não rentáveis o que muito provavelmente acontecerá com outras companhia aéreas. Quanto às medidas anunciadas para ajudar as famílias mais carenciadas em tentar ultrapassar as suas dificuldades pareceu-me não serem suficientes nem muito animadoras, embora tenha a consciência que no próximo ano e tendo em vistas as eleições legislativas surjam pacotes aliciadores do eleitorado para manter este partido no governo.
6 comentários:
Sócrates mudou de estratégia, tentando agora a estratégia da vitimização. Tenta evitar contornos de teimosia e irritabilidade. Tenta ser comedido nas promessas e evitar pessimismos...
Parece estar com medo de Ferreira Leite. Porque será???
Não me parece que seja da Manela que ele tem medo!
Também não me parece que seja da direita desgovernada e sem alternativa plausível...
Será da esquerda, mais precisamente do pessoal do Bloco, que neste momento são que tem alguma alternativa que mereça ponderação?
Não sei, mas estou certo de duas coisas, a primeira é que não mais terá maioria absoluta, a outra é que, muito provavelmente, vamos ter uma grande surpresa... veremos se não muito desagradável!!!
Para já, deu-se início a «Campanha Eleitoral»!
Uma coisa é certa. As pessoas têm todo o direito de manifestarem o seu desacordo com as medidas e orientações do 1º. Ministro e isso ele referiu, aceita-as porque é assim a democracia. Discorda e está no seu pleno direito que o insultem pois julgo ninguém gosta de ser insultado. Quanto a surpresas caro José Oliveira, estou em crer que não vai haver. Ou melhor a única que vai ficar surpreendida com o resultado obtido será Manuela Ferreira Leite que vai averbar o mesmo tipo de derrota que o seu antecessor Santana Lopes.
Estás muito socrático.
Um abraço. Augusto
Tive também oportunidade de ouvir o Eng. José Sócrates e não fiquei tão convencido como o nosso autor.
Falando apenas dos investimentos em obras públicas, não acredito que alguém acredite, que o facto de serem os privados a financiarem grandes obras públicas terá um resultado para o contribuinte melhor do que se fosse o Estado. Estes, os privados, querem o retorno do seu investimento e normalmente em prazos bem mais curtos do que o nosso estado. No final pagaremos a factura por igual.
Segundo, a questão aeroportuária.O governo, a comunicação social e alguns políticos continuam a não conseguir passar a mensagem correcta para os portugueses.Não consigo entender como o TGV é um investimento aceitável, quando o publico alvo é reduzido, e a questão do novo aeroporto é sempre problemática.A meu ver deve-se sobretudo a facto de que quem fala sobre o aeroporto, não têm qualquer cultura aeronáutica e também não a procura com rigor.Ouvir o Dr. João Soares na televisão com um mapa do google a dizer que,"elimina-se uns barracões e o Figo Maduro e temos um aeroporto para mais 10 anos" é no mínimo de mau gosto, quando o mesmo sr. viabilizou a Alta de Lisboa, única área possível de expansão do Aeroporto de Lisboa.
É necessário um novo aeroporto em Lisboa? Sim!
Esta estrutura é um autêntico pesadelo para quem trabalha,desde o pessoal de terra, até aqueles que controlam e pilotam as aeronaves...é arcaico,inseguro e está para além dos limites de capacidade.
E para terminar, quando é que alguém explica aos nossos comentadores, que a Portela têm duas pistas que são cruzadas,não podendo ser usadas (como na maioria dos aeroportos que têm pistas paralelas),em simultâneo com claros aumentos de capacidade.
Caro Nuno temos todos consciência de que os combustíveis fósseis não duram por muito décadas e as reservas estão mais ou menos previstas para quanto tempo mais irão durar. Independentemente da especulação e do oportunismo de que se rodeou o negócio das petrolíferas eles também têm a consciência de que é preciso rentabilizar ainda mais a única fonte de rendimento que possuem nomeadamente os países árabes. Os preços dos combustíveis jamais voltarão aos valores anteriormente praticados. E foi baseado nessa expectativa que não é risonha e no facto das companhias aéreas internacionais estarem ou em falência ou muito próximas disso que na minha modesta opinião julgo que o recurso será o transporte ferroviário pela impossibilidade de o transporte aéreo continuar a suportar os custo dos combustíveis e se forem actualizando os valores das respectivas passagens sobretudo para a maioria dos portugueses deixarão de poder utilizar este meio de transporte por falta de recursos. E que saibamos não se perspectiva tão cedo apareceram aeronaves cujos reactores sejam movidos a hidrogénio ou outro tipo de carburante. Se tivermos em atenção outros países com mais recursos que o nosso e que possuem até volume de tráfego aéreo maior que o nosso e mantêm os seus aeroportos em grandes cidades, podemos talvez concluir independentemente do facto de sabermos os riscos que a manutenção dum aeroporto como o da Portela pode representar para os moradores nas zonas circundantes
se calhar não se justifica para já, tal como refiro na minha abordagem o lançamento a concurso do aeroporto de Alcochete. Mas também sou de opinião que por este andar as rodovias que já estão a experimentar menos volume de trânsito rodoviário, talvez não se justifique investimentos vultuosos em auto-estradas, vias rápidas e Ips.
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