sábado, novembro 08, 2008

Recuperado da intervenção cirúrgica que consistiu na remoção de 35 cms de intestino grosso e do respectivo recto iniciei novamente sessões de quimio

Embora não me considere totalmente recuperado da intervenção cirúrgica realizada em 15 de Setembro no Hospital Egas Moniz, que consistiu na remoção de 35 cms de intestino grosso e do recto para eliminação do tumor maligno que me foi detectado, iniciei já os tratamentos de quimioterapia por uma medida cautelar aconselhada pelo especialista a fim de ser evitada uma recidiva. A sequela resultante desta intervenção que mais me preocupa é a não conciliação do sono, isto é, durmo muito mal, ou melhor quase não consigo dormir mais do que 1H30, 2H00 por noite embora recorra a medicação para o efeito. Tal como em anterior abordagem referi, passei a engrossar o número de ostomizados existentes em Portugal e embora tenha a indicação que o subsistema de saúde de que benefício comparticipa pela totalidade no custo dos respectivos sacos, o certo é que já vou na segunda aquisição de 2 conjuntos de sacos pela módica quantia de 117,83, cada conjunto e ainda não recebi qualquer reembolso, significando isto que a doença com que fui contemplado me obrigou a uma despesa extra para o resto da minha vida. Não gosto nem quero ser visto como um coitadidinho vítima duma doença oncológica que modificou significativamente a minha vida, mas também me parece errado que alguma comunicação social sempre que aborda este problema isto é faz referência a alguém que passou por esta má experiência o queira transformar num herói. Sim porque quem passa por esta má experiência, tem necessáriamente de reagir pela positiva porque se trata duma doença que pode matar e como tal o doente aceita qualquer tratamento que lhe seja imposto pelos técnicos de saúde ainda que os mesmos provoquem disturbios orgânimos que nos causam enorme mal-estar.

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