Advogados de defesa informaram que oficiais
recomendaram liberdade condicional e uma multa
de US$ 5 mil para a dona-de-casa Lori Drew, 49,
acusada de envolvimento em um caso de "trote" na
internet, que supostamente levou uma adolescente
de 13 anos ao suicídio. Dean Steward, advogado de
Drew, disse nesta segunda-feira (4) que a recomendação
foi dada em um relatório de oficiais da liberdade
condicional, a partir da entrevista feita com a
condenada. A duração da liberdade condicional
recomendada não foi especificada. Os promotores
públicos se recusaram a comentar o caso.
Drew é acusada de ajudar a criar uma conta na rede
social sob um nome falso para convencer a garota
Megan Meier de que estava conversando com um garoto
de 16 anos, chamado Josh Evans. Meier se suicidou em
outubro de 2006, após ter recebido mais de uma dezena
de mensagens cruéis do perfil falso --um dos recados
dizia que o mundo seria um lugar melhor sem ela.
No julgamento ocorrido em novembro, a dona-de-casa foi absolvida
da acusação de conspiração e condenada apenas por obter acesso a
um computador sem autorização. Cada condenação por esse tipo
de acesso --ela foi condenada três vezes-- rende uma pena de até um
ano de prisão e US$ 100 mil de multa. Ela poderia ter pego até 20
anos de prisão, caso fosse condenada por todas as acusações.
O caso
Segundo informações do processo, Drew e sua assistente, Ashley
Grills, teriam criado o perfil falso no MySpace para atormentar a
garota. Grills admitiu ter criado o perfil, mas disse que sua chefe
escreveu algumas das mensagens para Megan.
Segundo Grills, Drew sugeriu que elas fizessem o trote para saber
o que Megan pensava sobre a filha da acusada, que era amiga da
garota. Drew nega.
Na troca de mensagens, o falso garoto chegou a dizer que amava
a menina. Mas, em 16 de outubro de 2006, um recado de "Josh"
dizia que "o mundo seria um lugar melhor sem Megan Meier".
A garota se suicidou naquele dia.
Grills também admite ter mandado a mensagem. Com o recado,
tinha a intenção de terminar o "relacionamento virtual", porque
sentiu que a "brincadeira" estava indo longe demais, alega.
À época, o MySpace informou em nota que "respeita a decisão
do júri e que vai continuar a trabalhar com especialistas da indústria
para aumentar a consciência das pessoas sobre o cyberbullying e os
males que ele pode causar".
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