No melhor pano cai a nódoa

Maria José Morgado, discursando a convite de Manuel Monteiro o líder do PND, sob o tema da corrupção, afirmou que a esquerda é mais propensa à sua pratica do que a direita. Sinceramente soltei um impropério porque tinha por esta senhora algum respeito sobre a sua opinião acerca deste problema que grassa no nosso País. Provavelmente esta senhora não teve em linha de conta os actos praticados pelos senhores, Avelino Torres, Valentim Loureiro e Isaltino, entre outros que, sendo militantes da partidos de direita, estiveram envolvidos em processos de averiguações por crime de corrupção, embora como se sabe nada de grave lhes aconteceu. No entanto Abílio Curto ex-presidente da Câmara Municipal da Guarda esteve preso a cumprir a pena de prisão pela qual foi condenado e Fátima Felgueiras só também não foi presa preventivamente porque fugiu para o Brasil. Julgo que fica demonstrado face à afirmação da drª. Maria José Morgado que o número de envolvidos em processos de corrupção, oficialmente conhecidos, são maioritariamente da direita e não da esquerda como ela erradamente o afirmou. Mas para além disso esqueceu-se doutro pormenor muito importante para demonstrar a inconsistência da sua afirmação. A dança de cadeiras a que normalmente assistimos na troca de lugares de destaque na actividade privada com relevância na nossa economia e o exercício do poder político é substancialmente mais visível em militantes da direita do que da esquerda. São vários os que têm saltado da Banca e dos Seguros onde ocupavam lugares de destaque, membros de partidos da direita para ocupar pastas ministeriais, do que militantes da esquerda. Por isso se diz e continuará a afirmar que no melhor pano caí a nódoa.