Que mal empregue dei por ter perdido ontem o meu tempo a assistir à final do Festival de Eurovisão

E tal como no futebol os árbitros com menos escrúpulos concorrem para viciar o resultado do jogo ontem cheguei à mesma conclusão face à canção vencedora. Ganhou a Rússia porque foram os eis países seus satélites, enquanto União Soviética que lhe atribuíram a maior pontuação. O facto de nos informarem de que são os telespectadores que votam e escolhem as canções favoritas cuja votação é controlada por um júri de cada Nação que posteriormente a transmite, não é para mim suficiente para acreditar ser essa escolha efectuada por gente anónima que através duma chamada telefónica informa qual a canção de sua preferência. Os países eis satélites da então União Soviética votaram na canção que representou a Rússia a qual pessoalmente não deveria ter sequer ficado entre a três primeiras, por razões meramente políticas. Outras canções muito melhor interpretadas e francamente muito mais agradáveis de ouvir foram preteridas, mais uma vez porque neste mundo em globalização mistura-se a política em todas a áreas da vida comunitária. Dei por isso muito mal empregue o tempo que estive a perder a assistir ao apuramento da canção vencedora do Euro-Festival da Canção, que quanto a mim foi imerecidamente atribuída ao interprete russo.