22 de Julho de 2008, 17:12
Lisboa, 22 Jul (Lusa) - A construção de um novo aeroporto para substituir a Portela deve ser reavaliada face à subida de preço dos combustíveis e à crise energética, defendeu hoje um especialista em petróleo, recomendando a elaboração de novos estudos de tráfego.
Luís Queirós, da Associação para o Estudo do Pico do Petróleo e do Gás (ASPO), lembrou hoje, à margem de uma reunião do Fórum Metropolitano Lisboa 2020, que os estudos que fundamentaram a decisão de construir um novo aeroporto foram realizados numa altura em que o barril de petróleo oscilava entre os 20 e os 40 dólares e que todos os cenários de subida de preços que se previam na altura foram ultrapassados.
Por outro lado, os estudos de tráfego apontavam para um forte crescimento da Portela.
"Nos últimos dez anos, a aeronáutica civil teve um desenvolvimento enorme. Quando se fizeram estudos prospectivos, fez-se uma extrapolação desses cenários de crescimento que, nalguns casos, eram de 10 por cento ao ano. Se hoje se voltassem a fazer os estudos de projecção do tráfego aéreo teríamos uma surpresa", sublinhou.
O responsável da ASPO falou sobre os movimentos de reestruturação que estão a ter lugar em muitas companhias aéreas, com redução do número de voos e despedimentos, e antecipou a quebra da indústria do turismo.
"É preciso saber se as previsões que se fizeram são ou não válidas. Vamos aceitar que tudo estava certo? Manda o bom senso que se façam novos estudos", apelou.
Luís Queirós adiantou que não está contra a construção do aeroporto em Alcochete, desde que se saiba quais são as razões.
"Em termos energéticos, é preciso falar a verdade. É consensual que estamos muito perto do pico do petróleo (máximo de produção). Há quem diga que já o ultrapassámos".
Acrescentou ainda que baixar o preço dos combustíveis é uma tentação fácil, mas não resolve o problema energético.
"Tudo tem por base o petróleo. É o sangue da economia. Se houver limitação energética, não há crescimento", alertou
O especialista considerou que para atenuar os efeitos desta crise é preciso uma "mudança da mentalidade de gestão" e que se deve "olhar para o nuclear como uma possibilidade".
"Não podemos ficar indiferentes a este debate", afirmou, chamando, no entanto, a atenção para os enormes custos envolvidos na construção, manutenção e desactivação das centrais, bem como para o problema da eliminação dos resíduos.
As energias alternativas, por outro lado, "nunca serão a solução" para a independência energética, mas devem ser usadas de forma complementar.
"Se conseguíssemos atingir 50 por cento já era muito bom", sustentou.
Comentário
Eu um ilustre ignorante nesta e noutras matérias tenho escrito sobre se efectivamente se justificará a edificação do novo aeroporto de Alcochete dada a escalada dos preços dos combustíveis e a consequente quebra no tráfego aéreo. Mas como sou um ignorante, embora tenha capacidade de raciocínio como qualquer ser pensante, a minha opinião não merece qualquer crédito ou atenção.
7 comentários:
"ENERGIAS ALTERNATIVAS"
Vai ver, caro Amigo...
para ser "utilizador" delas, as suas licenças e utensílios -devido à sobrecarga fiscal tipo tabaco- vão ficar ainda mais... onerosas.
Vai uma apostinha?
...
Lembra-se daquela anedota do homem que ia cortar o cabelo à outra banda, porque lá era mais barato
5$00?
(Ida e volta, só para o transporte, gastava 20$00)...!
Li seu comentário no blog da Carmem, se não me engano, e me chamou a atenção o fato de você ter mencionado estar adoentado.
Bom, devo compartilhar com você o fato de ter sido vitima de uma situação vivida ainda este ano, quando uma médica me disse que eu estava com cancer assim, como quem diz a alguém que esta está com influenza. Foi terrível continuar de pé e pensando, mas a vida nos ensina a tirar o máximo da seleção natural; e se esta não for em força e coragem, que seja em termos de querer e precisar. Fiz exames que não indicavam quase nada, fui submetida às pressas a uma cirurgia, enfim, os médicos não viram o tumor maligno que me consumia. Mas é fato que os momentos que antecedem os exames, a espera pelos resultados e a avaliação médica foram os piores dias da minha vida. Mas também é fato que terminei amadurecendo para várias coisas, ganhando amigos, compartilhando emoções e sentimentos... enfim, talvez eu tenha aprendido que eu sempre devo querer viver mais do que indicam médicos e exames. E isso é verdade, pois nesses dias de estresse em que vivi e aprendi, fiz amizade com uma pessoa forte e inesquecível (ela tem metástase em todo o organismo ha mais de cinco anos, quando os médicos prognosticaram para ela apenas 1,5 anos no inicio da doença).
Deixo uma mensagem de vida e força: fale com você, com todas as suas células, todos os dias. Diga-lhes que querem que elas respirem, que dêem as mãos umas às outras e consigam passar assim a seiva da vida. Mentalize a cor verde passando, entrando e saindo por todas as células do seu organismo (faça isso todos os dias, se possível com horários determinados e em local que ninguém possa atrapalhar). Pode parecer bobagem, mas fiz isso por longos tres meses e me sentia muito bem.
No mais, seja feliz e acredite na verdade elementar que a vida ensina: para existir, vale muito mais que viver, mas precisa querer ser e fazer história.
BeijUivoooooooooosssssssss da Loba
Também sou ignorante nesta matéria, mas concordo consigo. Sempre me ensinaram que em época de vacas magras poupa-se...
"Falam, falam e" gastam, gastam dinheiro e pareceres, comissões e estudos. E com tudo isto quanto é que o Estado já gastou por causa do dito aeroporto? Cá para mim quem anda nestas andanças dos estudos e pareceres muito dinheiro deve meter ao bolso.
Raul,
Este ponto de vista parece-me também a mim que faz todo o sentido, e tem toda a lógica. Só quem não quiser ver é que não pensará assim, ou então talvez haja quem tenha outro tipo de interesses bem camuflados, por trás da construção de um novo aeroporto.
Abraço.
O pagode paga K'mrd.
Abraço,
LISBOA - PORTUGAL
Olá!
Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.
Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.
Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado
www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com
Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. No que estou, pela minha parte, a desenvolver todas as diligências que, naturalmente, me forem possíveis.
E, naturalmente também, para poder enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior).
Já solicitei a colaboração da Embaixada de Portugal em Brasília, que tem à frente dela um diplomata fora de série, o meu querido Amigo, Dr. Francisco Seixas da Costa e na qual se integram mis dois bons Amigos de longos nos: o Adriano Jordão e o Carlos Fino. Seixas da Costa criou um blogue magnífico Embaixada de Portugal no Brasil, www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com, que vos recomendo vivamente visitar. Tem tudo sobre as relações entre as duas Nações. E já fiz o mesmo aqui em Lisboa. Espero receber resposta da Embaixada brasileira.
Este é um desejo que já ultrapassa a simples intenção. Felizmente, neste momento possui muitos comparticipantes – como desejo que seja o teu caso. Mas, com o empenhamento, a ajuda, o entusiasmo e a alegria que tenho encontrado – iremos longe. A internet (apesar dos aspectos negativos que ainda apresenta) tem uma força incomensurável e desenvolvimento tecnológico que se actualiza dia a dia.
Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos
PS 1 – Quando navegarmos em velocidade de cruzeiro, quero alargar o Travessa aos outros PALOP. Que achas?
PS 2 – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
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Aeroporto? Acho imprescindível. Ponto. E nada de argumentos do tipo não há ma$$a$...
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Doente? Aqui fica um abraço de solidariedade e de acompanhamento. Não te conheço, mas a net possibilita-nos isto: amparar e apoiar os Amigos, quando disso eles precisam. Estou, por isso, aqui. Ao teu lado
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