Na primeira noite do dia 15 do corrente em que fui internado no Hospital Egas Moniz para ser operado, até quase à meia-noite notei tal como outros doentes que partilhavam a enfermaria um barulho ocasionado por crianças e alguns adultos no exterior do edifício. Como quando não sei o que se passa gosto de saber perguntei a uma enfermeira que me informou tratar-se dum acampamento cigano porque um dos seus membros estava também internado com o tiro no maxilar. Retorqui de imediato. Então mas consentem isto?
É como vê vieram para aqui de madrugada com os seus automóveis encheram o parque e a zona do jardim onde fazem as suas refeições deixando despojos de lixo, onde se mantêm a conversar até altas horas da noite com as suas crianças a fazer barulho resultante das suas brincadeiras.
No dia em que fui operado, manteve-se este acampamento, até à 4ª. ou 5ª. feira dessa semana data a partir da qual foram desalojados pela polícia. Ora num Estado dito de direito em que as liberdades individuais dos cidadãos devem ser respeitadas, não me parece que seja lícito consentir este tipo de concentrações, tanto mais que delas resultaram a perturbação dos doentes em convalescença que se encontravam no Hospital Egas Moniz enquanto durou o acampamento cigano. E não me venham lá os que se afirmam defensores dos oprimidos e marginalizados que os ciganos são vítimas porque isso é falso e temos várias razões para o poder afirmar. Dediquem-se isso sim a civilizá-los de molde a aprenderem a saber viver numa sociedade livre que é aquilo que eles não sabem e nem estão interessados em aprender como base na desculpa de defender o seu património cultural, que segundo os seus próprios procedimentos é baseado na sua lei da bala ou do esfaqueamento.
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