E nem sequer se dignou, quanto instado sobre a conclusão do juiz de recurso de que cometeu um erro grosseiro em decretar a prisão preventiva de Paulo Pedroso, fazer qualquer comentário. Obviamente que a culpa não foi totalmente sua, foi do incentivo da comunicação social que o levou a assumir o protagonismo deste processo tão mediatizado que encheu páginas de jornais, estúdios de televisão e de rádio em debate sobre um grave problema que infelizmente se pratica em todo o Mundo com menor ou maior dimensão, sem que as vítimas da pedofilia sejam devidamente protegidas e os autores destes actos punidos exemplarmente.
É certo que o juiz que reconheceu o direito de Paulo Pedroso à indemnização pelo erro grosseiro da aplicação da pena de prisão preventiva não o exclui do seu eventual envolvimento no processo se este se efectivamente provar.
Mas o super juiz quis exibir-se, levou atrás de si a comunicação social e no parlamento deu ordem de prisão ao então deputado Paulo Pedroso.
Este seu acto agora reconhecido como um erro grosseiro na aplicação da Lei, poderá custar ao erário público centenas de milhares de euros e o juiz vai continuar a ascender na sua carreira como se nada tivesse acontecido, isto é, o cometimento deste erro e eventualmente outros neste mesmo processo, que lhe irão servir para melhorar o seu curriculum vitae e amanhã chegar a por exemplo juiz desembargador. Curiosamente ontem o juiz Rangel instado sobre este assunto por Mário Crespo na SIC notícias aproveitou tal como têm feito os seus colegas, para atacar o governo insistindo que afinal os erros são de culpa do poder político na feitura e alteração das Leis que não permitem aos executores na sua aplicação actuarem devidamente. Isto faz lembrar aquela do pseudo-bailarino que se desculpou não conseguir brilhar ao dançar porque a pista de dança, segundo ele estava torta.
Sem comentários:
Enviar um comentário