É sabido que os medicamentos só são comprovadamente eficazes após vários anos de utilização pelos doentes, uma vez que os organismos reagem de forma diferente e o fármaco que pode fazer bem a um determinado doente que o toma pode causar perturbações a outro a quem para o mesmo fim tenha sido receitado. Aliás sobre a eficácia dos medicamentos se tivermos em linha de conta uma recente longa lista de fármacos cuja lista foi elaborada pelo Infarmed a entidade reguladora e fiscalizadora da qualidade do medicamento, aos quais foi retirada a respectiva comparticipação do Estado por falta de comprovada eficácia, podemos concluir que a medida do titular da pasta é absolutamente compreensível e aceitável. Neste País e também já escrevi sobre isso, surgem novos laboratórios com alguma frequência, porque o negócio da saúde em Portugal é um dos mais lucrativos.
Novos medicamentos que surjam no mercado ainda não estão suficientemente testados no tratamento de doenças de molde a poderem comprovar a sua eficácia. O fabrico de fármacos é como sabemos aliciante para qualquer investidor e para ser lançado um produto, nada mais fácil do que a intervenção dum delegado de propaganda médica que através do aliciamento dos respectivos profissionais conseguem rápidamente fazer com que esse novo fármaco passe a constar do receituário do clínico, porque este já foi aliciado para o efeito, ainda que, em concreto,
ele não saiba do resultado da eficácia para o qual foi prescrito.
O Bastonário da Ordem dos Médicos como não poderia deixar de ser, adoptou uma postura consentânea com a protecção da classe a que pertence e não do doente como nas suas declarações pensou que convenceu alguém de que esta medida os vai prejudicar.
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