As consequências do descontentamento no actual governo, podem ser catastróficas ser for 1ª. Ministra actual líder do PSD

Não tenhamos ilusões que a disputa da governação vai continuar apenas e só entre o PS e o PSD, independentemente do facto de muitos eleitores descontentes poderem vir a votar nos partidos de esquerda, essa opção nunca será suficiente para mudar o rumo da governação desde o 25 de Abril.
Se é certo que o PS cada vez mais se aproximou da linha do PSD e o actual líder José Sócrates tem implementado medidas governativas que o seu opositor nunca teve coragem de o fazer o que sem margem para dúvida se pode afirmar que actualmente estamos a ser governados à direita como se do PSD se tratasse, existem algumas intenções que a líder agora eleita, se ganhar as eleições legislativas, numa atitude de vingança do eleitorado para com o PS, que podem sair caro aos próprios eleitores. Se atentarmos no discurso de campanha de Manuela Ferreira Leite por exemplo em relação à mudança do actual SNS, cujos moldes de funcionamento a mesma discorda frontalmente, porque é de opinião da não manutenção da sua universalidade, podemos concluir que se agora estamos mal neste sector ainda iremos ficar muito pior. Para além disso se o PSD em 2009 ganhar as eleições a CGD vai ser privatizada, tal como a RTP, GALP e PT, intenções sempre anunciadas por este partido e mais grave ainda será a privatização dos recursos hídricos que só não foi concretizada no governo de Santana Lopes, porque este entretanto foi apeado do exercício de funções de 1º. Ministro pelo ex-presidente da República Jorge Sampaio. Julgo pois que entre o actual governo que nos desagrada dum modo geral e em sua substituição a vitória do PSD corresponderá inevitavelmente a um mal muito pior, porque vão colocar nas mãos dos privados o pouco que ainda resta ao Estado. Isto para já não falar numa outra manifestada intenção de colocar também nas mãos de privados a execução de certas tarefas que são ainda hoje confiadas a organismos do Estado e segundo eles podem muito bem ser confiados a privados.