segunda-feira, outubro 31, 2005



O Japão começa a dizer adeus
à carteira
de bolso preparando-se
para a era da
carteira virtual.




Compras de supermercado, aluguer de vídeo, reserva de lugares
no teatro e o pagamento da bebida no fim do dia podem ser feitos
com o celular.
Isso significa que as pessoas poderiam jogar no lixo todos os
cartões de plástico, que ficarão armazenados no chip do celular.
Edy é o nome do serviço que está liderando a investida nesse mundo
do "dinheiro celular" no Japão.
As pessoas já podem carregar o celular que tem os serviços do
Edy com créditos de até 50 mil ienes (US$ 250, cerca de R$ 570).
"Estamos promovendo Edy em lugares onde seu uso é mais conveniente
do que o de dinheiro vivo", diz Usoke Oue, da empresa bitWallet,
que faz o Edy.
"Precisamos comunicar as vantagens aos consumidores, não apenas
a conveniência, como também o fato de que você pode ganhar pontos."
É possível carregar crédito no celular de diversas maneiras,
incluindo a internet, que transfere recursos da conta bancária
ou do cartão de crédito para o chip do aparelho.
Para pagar as compras, basta pôr o celular na máquina de leitura,
que descobre quanto existe de crédito disponível e deduz o valor
gasto na operação.
O Edy ainda não tem grande penetração, mas já é aceito por 25 mil
varejistas no Japão.
Segundo Gerhard Fasol, da consultoria Euro Technology Japan, o
processo de integrar transacções bancárias ao celular ainda
depende de muitos factores.
"São necessários grandes investimentos e também é preciso que
as pessoas mudem seus hábitos. Isso tudo só acontecerá se houver
benefícios para todos", disse ele.
"Se apenas as operadoras de celular lucrarem, ou se só os bancos
lucrarem, ou se os bancos tiverem prejuízo e os consumidores
ganharem, não vai pegar. O que aconteceu no Japão é que grandes
nomes do sector encontraram uma fórmula em que todo mundo tem
vantagens."
Um grande impulso para a "carteira virtual" deve acontecer em
Janeiro, quando a principal concorrente do Edy, a empresa Suiça,
entra nesse segmento do mercado.

Notícia da Folha Online

domingo, outubro 30, 2005

Acordo de paz em Israel pode fracassar antes de ser oficializado

Um acordo de paz entre israelitas e palestinos pode fracassar
antes mesmo de ser anunciado oficialmente. Membros de grupos
extremistas palestinos teriam prometido suspender os ataques
contra cidades de Israel, mas a morte de dois membros do Jihad
Islâmico --atacados por soldados israelenses neste domingo--
ameaça o possível tratado.

O Jihad Islâmico teria concordado em participar do acordo.
Este grupo foi responsável pelo atentado em Hadera na semana
passada, que matou cinco civis israelenses e desencadeou uma
mega ofensiva de Israel contra territórios palestinos.

Khaled al Batch, porta-voz do grupo em Gaza, afirmou em um
comunicado distribuído à imprensa que "eles estão comprometidos
com a calma até quando os sionistas também aderirem [à trégua]".

O cenário pode mudar, no entanto, com os acontecimentos que
seguiram as conversas de paz anunciadas pelo jornal israelense
"Haaretz" e agências de notícias internacionais neste domingo.
Forças israelitas cercaram uma casa na cidade de Qabatiyeh e
mataram duas pessoas que estavam no local. Entre elas Jihad
Zakarne, acusado por Israel de planejar um atentado suicida na
semana passada.

Em resposta, o Jihad Islâmico divulgou um comunicado ameaçando
atacar cidades israelenses próximas à Gaza. "As facções
palestinas estão unidas para enfrentar a campanha sionista
contra o Jihad Islâmico e o povo palestino."

Desde a semana passada, Israel tem feito bombardeios aéreos
em Gaza, enquanto que grupos extremistas palestinos --
principalmente o Jihad Islâmico-- continuaram a atirar
foguetes Qassam (de fabricação caseira) contra cidades
israelitas ao sul.

Durante a reunião do gabinete israelense, realizada neste
domingo, Sharon prometeu uma "severa" retaliação contra
qualquer ataque a Israel, mas afirmou discordar da afirmação
feita pelo ministro da Defesa Shaul Mofaz na sexta-feira (28),
a um jornal israelita. Ele disse que a paz "é impossível" de
ser feita sob a atual administração palestina, liderada pelo
presidente da ANP, Mahmoud Abbas.

Esse episódio de violência foi um duro teste ao acordo de
paz realizado entre Abbas e Sharon em fevereiro passado,
durante a cúpula de Sharm el Sheikh (Egito), que se estendeu
a todos os grupos extremistas palestinos no mês seguinte.

O Jihad Islâmico tinha aceitado participar da trégua, mas
acabou não cumprindo o acordo. O grupo realizou diversos
atentados terroristas, incluindo quatro ataques suicidas,
classificados pelos líderes do grupo como "represálias"
contra as violações israelenses ao cessar-fogo.

Em Gaza, Israel reabriu duas passagens neste domingo para
permitir que caminhões transportando produtos e outros bens
para dentro do território palestino. Apesar disso, palestinos
ainda estão proibidos de se locomover.

da Folha Online

Os israelitas arranjam sempre uma razão para o processo de
paz regredir.
Post de abertura
Ao iniciar um novo blog pretendo na linha do que actualmente
possuo apenas alargar a minha intervenção relativa aos diversos
acontecimentos que se vão registando no país e no resto mundo,
utilizando o meu conhecido sentido critico e porque não num
caso ou noutro produzir as insinuações que julgar pertinentes.