terça-feira, outubro 20, 2009

Mulher do futuro será menor, mais gordinha e mais fértil, diz estudo

da New Scientist

As mulheres do futuro serão levemente mais baixas e rechonchudas, terão corações saudáveis e um tempo reprodutivo mais extenso. Estas mudanças são previstas a partir de extensas provas para documentar que o processo evolutivo ainda atua sobre os humanos.

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Os avanços médicos significam que muitas pessoas cuja morte ocorreria durante a juventude agora vivem até a terceira idade. Isso leva a uma crença de que a seleção natural não afeta seres humanos e que estes, portanto, pararam de evoluir.

Divulgação
Mulheres do futuro serão levemente mais baixas e rechonchudas, terão corações saudáveis e um tempo reprodutivo mais extenso
Mulheres do futuro serão levemente mais baixas e rechonchudas, terão corações saudáveis e um tempo reprodutivo mais extenso

"Isso é simplesmente falso", disse Stephen Stearns, biólogo evolucionista da Universidade de Yale. Ele afirma que, embora as diferenças na sobrevivência já não possam mais selecionar aqueles com maior aptidão e seus genes, as diferenças na reprodução ainda podem. A questão é se mulheres que têm mais crianças possuem esses traços distintivos, que elas repassariam aos seus descendentes.

Para desvendar a questão, Stearns e seus colegas trabalharam com dados do Framingham Heart Study, que trazia o histórico médico de mais de 14 mil residentes da cidade de Framingham, Massachusetts, desde 1948 --que englobam três gerações em algumas famílias.

Passando adiante

A equipe estudou 2.238 mulheres que haviam passado da menopausa, e então cruzaram os dados com as respectivas vidas reprodutivas. Para este grupo, a equipe de Stearns testou a altura, peso, pressão arterial, colesterol e outras características correlacionadas com o número de crianças a que elas deram a luz. Eles controlaram alterações devido a fatores sociais e culturais, para calcular o quão forte é a seleção natural para moldar estas características fisiológicas.

E é muito, segundo se confirmou. Mulheres pequenas e mais gordas tendiam a ter mais crianças, em média, mais altos e mais magros. Mulheres cujos colesterol e pressão eram baixos também tinham mais filhos, e --não surpreendentemente-- tiveram seu primeiro na juventude e entraram na menopausa mais tarde. A surpresa foi que estas características foram passadas para suas filhas que, por sua vez, também tiveram mais crianças.

Caso a tendência persista por dez gerações, calcula Stearns, a mulher média em 2409 será 2 cm mais baixa e 1 kg mais pesada do que ela é atualmente. Ela dará a luz ao seu primeiro filho cinco meses mais cedo e entrará na menopausa dez meses mais tarde, em relação à média atual.

Decodificação de cultura

É difícil dizer o que direciona para estas características, e discernir se elas estão sendo disseminadas por genes de mulheres, mas, pelo fato de Stearns controlar muitos dos fatores sociais e culturais, é provável que isso tenha resultado em um documento genético, em vez de um trabalho acerca de evolução cultural.

Não é o primeiro estudo concluindo que a seleção natural está "operando" nos humanos atualmente; a diferença é que muitos dos trabalhos anteriores foram concluídos de diferenças geográficas nas frequências de genes, e não de avaliações diretas do sucesso reprodutivo. Isso deixa o estudo de Stearn como, talvez, a mais detalhada medição da evolução humana atual.

"É interessante que o quadro biológico subjacente ainda é detectado sob a cultura", diz ele. Análises a longo prazo de outros conjunto de dados médicos pode jogar mais luzes sobre a interação entre genética e cultura.

Comentário

Mas nós já cá temos muitas mulheres desse tipo. De pequena estatura, rechonchudinhas e não se queixam quanto à procriação.

3 comentários:

Unknown disse...

Seria mesmo bom que tudo isso fosse verdade... estamos necessitando urgentemente rever nossos padroes esteticos que sao, cada vez mais, insaludaveis (essa palavra existe??? - risos). E' urgente que voltemos a nossas raizes e ao passado para poder ter um futuro melhor...
Beijos, flores e muitos sorrisos... sempre!

Å®t Øf £övë disse...

Raúl,
Podemos então concluir que nós já estamos no futuro... o mesmo futuro que se prevê isso para as mulheres, será bem negro. Ainda bem que eu já não estarei vivo para constactar esse facto, porque se em Portugal a generalidade das mulheres já são como são, nem quero imaginar em 2409...
Abraço.

Milu - miluzinha.com disse...

Olá Raul!

Ora vamos cá a esmiuçar, (nos últimos tempos tem-se usado muito esta palavra), estas teorias do futuro. Que nem sabemos se haverá futuro para o que quer que seja. Com tantas ameaças ecológicas devido aos persistentes desequilíbrios, será que o Planeta ainda albergará vida por cerca dos anos 2400? Vamos supor que sim. Então, o que são dois centímetros? Dois centímetros na altura de uma pessoa, a mais ou a menos, não tem qualquer importância... E o que dizer de um Kilo de peso, a mais ou a menos? Há quem seja capaz de engordar 5 kilos num só mês, (conheço quem desta proeza se haja gabado, mas muito deprimida, diga-se a verdade), por conseguinte, 1 Kilo não tem expressão. Um kilo de banha, até que se arruma muito bem, disfarçadamente, pelo corpo todo. Quanto ao aumento de filhos, tem que se lhe diga! E espaço para tanta gente, no já super populoso que é o nosso planeta? A não ser que sejam dizimadas milhares de vidas em sucessivas catástrofes naturais. Uns vão, outros vêm!

A ideia que tenho da selecção natural dos seres humanos é a seguinte: Antigamente as crianças que não morressem à nascença ou durante os 5 primeiros anos de vida, dificilmente viriam a morrer de doença. Pois maleita nenhuma seria capaz de vencer tal fibra! Tinham-se todas as doenças, até porque as mais elementares regras de higiene não eram grandemente difundidas. Os mais fracos e com menos defesas definhavam até morrerem, vingavam só os mais fortes, independentemente da altura do esqueleto ou do peso, até porque uma criança de tenra idade nunca era gorda. Hoje são quase todos gordos! É das papas, dessas de marca e das mais caras! Vinga-se a natureza, apetece dizer.
Um abraço