Finalmente ao cabo de 32 anos de residência na Vila de Oeiras, recebi a indicação de que vou ter médica de família. Numa altura em que as contestações a nível do País sobem de tom porque se tem de percorrer no interior, vulgo provincia, algumas dezenas de quilómetros para as pessoas serem assistidas em serviços de urgência fora da área do seu concelho, eu e não serei de certamente o único, nem o último cidadão que durante 32 anos vivendo numa grande urbe jamais desfrutou desse direito, por isso nunca ter tido motivações para protestar.
Não sei se me deva regozijar ou lamentar, pois até admito que a profissional esteja em final de carreira próxima de atingir a idade de reforma e lá irei ficar no próximo ano ou no a seguir de novo sem médica de família. Mas como nunca usufrui desse benefício se isso acontecer nem que seja sozinho e com um cartaz lá estarei à porta do Centro de Saúde a que pertenço, quando perder essa regalia a protestar pelo facto, convidando a TVI ou a SIC para efectuar a cobertura do meu protesto.
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