sexta-feira, outubro 24, 2008

Ainda não me tinha pronunciado sobre a medida de apoio governamental à Banca para evitar a crise financeira

Todos nós sabemos que a Banca em Portugal registou nas últimas décadas avultados lucros, mesmo com, como foi o caso dos membros do conselho de administração do Millénium BCP, terem dado o golpe do baú e até mesmo com o aumento do crédito mal parado os resultados foram sempre em crescendo. Os banqueiros sempre na avidez do lucro fácil e rápido utilizaram paraísos fiscais, negócios pouco transparentes tendo em vista o contínuo aumento dos seus lucros razões porque aumentaram o risco de perderem de repente dinheiro. Os membros dos conselhos de administração da Banca recebem elevadas remunerações e outros tipos de benefícios que lhes proporcionam viverem principescamente. A crise financeira internacional, provocada pelos EUA imediatamente se reflectiu no nosso País e acto contínuo o actual governo tomou medidas no sentido de, invocando a necessidade de preservar os depósitos dos clientes da Banca privada e dos seus interesses, o que não deixando de ser verdade não justifica a medida, de anunciar um aval de 20 mil milhões de euros, no caso de alguma instituição bancária necessitar de a ele recorrer para evitar o seu colapso. Não posso deixar de estar no mais completo desacordo com esta medida porquanto os clientes dos bancos privados foram voluntariamente abrir nos seus balcões as suas contas entendo por isso ser essa a sua vontade e opção. Alguns dos quais fizeram essa opção porque foram aliciados por publicidade enganosa na convicção de que a sua escolha significou a melhor opção para a compra de casa, ou do carro ou ainda do crédito pessoal para qualquer outro fim. O dinheiro dos contribuintes que deve ser investido em áreas como a saúde, educação e infra-estruturas de apoio social, não tem nem deve servir para socorrer uma actividade que foi durante várias décadas muito lucrativa e apenas só porque os gestores da banca na avidez da aumentar ainda mais o seu lucro fizeram investimentos que representaram um enorme risco de colapso.
Os valores que foram colocados à disposição do negócio mais rentável neste País embora se afirma que vão ter retorno ninguém sabe como nem quando. Daí achar não ser tolerável que aceitemos este tipo de medidas proteccionistas de quem sempre que pode ou teve oportunidade para isso, fugiu ao fisco, no pagamento de impostos.

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