terça-feira, outubro 17, 2006
Sendo isto uma razão da nossa preocupação porque havemos de estar na dependência de terceiros
O mercado tem colocado à nossa disposição meios para nós podermos exercer algum controle sobre por exemplo o estado da nossa tensão arterial uma das causas no nosso País que mais contribuem para o registo de acidentes cardiovasculares. Estou a referir-me aos aparelhos de medir a tensão arterial que são tão fiáveis como aqueles que, cada vez que vamos a uma consulta médica, o clinico ao atender-nos o utiliza para nos medir a tensão e a partir daí e com os sintomas de que nos queixamos fazer o seu primeiro diagnóstico. Aqui há uns anos atrás senti uma fortes dores na nuca e tonturas e marquei de imediato uma consulta num médico particular, porque como não tenho médico de família tinha de saber a sua causa. Após a medição da tensão arterial o médico concluiu de que eu era hipertenso e por isso deveria passar a ter de tomar um comprimido diário daqueles que me receitou. E não voltei por essa razão a consultar nenhum médico. Consultei o mercado adquiri um aparelho de medir a tensão e passei regularmente a medi-la. Como efectivamente sem tomar o dito comprimido os valores eram altos, todos os dias tomo um e vou de quando em vez medindo a tensão para constatar se os valores são os adequados à minha idade. Qualquer pessoa pode fazer o mesmo face ao custo actual dum medidor de tensão arterial, mas duma maneira geral são poucas as pessoas que se preocupam com esse tipo de investimento. Essa despreocupação que nem sempre pode ser compensada por uma ida regular ao médico de família, pode trazer consequências graves que poderiam ser evitadas por aqueles que, sendo hipertensos ou até hipotensos, correm riscos em cada uma destas situações. Bastava para isso que, independentemente de estarem medicadas para o efeito, fizessem um controle mais apertado da sua situação neste particular. Conheço uma jovem mãe que se encontra hospitalizada porque, sendo hipertensa e tendo-se-lhe acabado a medicação, descuidou-se e não fazer o controle, medindo a sua tensão, sem tomar o medicamento, acabou por ser vítima acerca dum mes dum acidente vascular cerebral encontrando-se hospitalizada com perda da fala e com parte dos seus membros paralizados, com apenas 42 anos de idade. Ora existe muita gente que é capaz de estar à espera duma consulta médica para obter uma receita comparticipada, para adquirir um medicamento para no caso de hipertensão lhe baixar a sua tensão arterial. Há anos que compro o mesmo medicamento para esse efeito e nunca estou dependente duma ida ao médico para este inclui-lo na receita de molde a beneficiar da respectiva comparticipação. É que, como não tenho médico de família custava-me mais a consulta particular do que o valor do medicamento.
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2 comentários:
Empatamos. Também "uso" um comprimidos desses diáriamente. Fruta dos tempos em que vivemos.
Olá!
Esta cena de nunca mais haver médicos de família suficientes para todos os portugueses...
E estamos a importar médicos de outros países...
Quando perceberão que é melhor facilitar o acesso às Faculdades de Medicina portuguesas e ter médicos portugueses???
Com uma população envelhecida como a nossa - badalam isso a toda a hora como um dos dramas nacionais e é - porque é que não fazem por ter mais médicos nossos???
Este país tem coisas que não lembra ao diabo!!!
Um beijinho,
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