sábado, fevereiro 09, 2008

A reflexão que vai ser feita no âmbito do PS, liderada por Manuel Alegre só peca por tardia

Não foi por razões de estratégia que Mário Soares aquando 1º. ministro, meteu o socialismo na gaveta pese embora tal tenha acontecido numa altura em que o nosso País saía duma enorme crise económica, provocada pelas nacionalizações e todos os desaires delas resultantes e da responsabilidade exclusiva do PCP.
Desde essa altura e já lá vão mais de 20 anos que o partido socialista embora tenha partilhado o poder com o PSD, nunca se notou qualquer diferença em relação à sua linha política de governação e aconteceu o que está à vista. A maioria dos portugueses confronta-se com todo o tipo de dificuldades e só não estão agravadas porque a conjuntura internacional sobretudo a situação de pré-ruptura económica dos EUA, está a puxar para baixo os juros, que de alguma forma estão a beneficiar todos aqueles que estão com graves dificuldades para cumprirem com os compromissos assumidos com o crédito à habitação.
Sempre existiram no PS 2 correntes ideológicas e isso é público. A maioria alguns dos quais provenientes do PSD, defendem uma linha ao centro, que não é mais do que a continuação do ideal defendido pelo maior partido seu opositor e minoritariamente existem outros militantes alguns dos quais até oriundos de partidos de extrema esquerda que nunca se manifestaram apoiantes desta linha seguida pelo PS, sendo um dos seus protagonistas Manuel Alegre, o qual foi derrotado nas presidenciais pelos militantes do PS que sendo ex-PSDs apoiaram Cavaco Silva tal como o seu líder José Sócrates.
Esta reflexão convocada por Manuel Alegre, só peca por tardia na medida em que o espaço de tempo que medeia a tomada duma qualquer resolução sobre a eventual formação duma nova força política efectivamente de esquerda e as próximas eleições não ser suficiente para preparar o eleitorado, motivá-lo e fazê-lo acreditar de que socialmente existem soluções para o País e urge criar as condições necessárias para as efectivar, nunca obviamente através dos forças políticas existentes que já demonstraram a sua incapacidade de o realizar, mas sim através duma nova força que congregue outras personalidades porque não até gente sem filiação partidária mas que poderia emprestar o seu contributo na construção duma sociedade melhor e mais justa que não esta que a actual força política no governo nos está a proporcionar.

1 comentário:

PintoRibeiro disse...

Um bom domingo e um abraço K'mrd.
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