segunda-feira, junho 16, 2008

O Homen das Cidades, fez esta abordagem sob o título Mário Lino brinda as Mota Engis com 40 mil milhões de euros.

Que me mereceu o seguinte comentário:
Pertinente esta abordagem, mas é importante avaliarmos a razão destas megalómanas opções. Durante a governação de Cavaco Silva as redes de auto-estradas foram a rampa de lançamento de Empresas de Obras Públicas e Construção Civil que como se sabe face às sucessivas derrapagens sobre os custos iniciais de cada quilometro de estrada foram absolutamente astronómicos, como aliás sempre acontece cada vez que o Estado lança a concurso Obras de grande dimensão. A desculpa pelo exagerado custo de cada quilómetro apresentada pelos então irresponsáveis governativos liderados por Cavaco Silva foi de que foram necessários construir muitos viadutos que não estavam previstos nos cadernos de encargos que haviam servido de base ao lançamento dos Concursos Públicos. E as empresas do ramo cresceram e enriquecerem as olhos vistos. Como entretanto a teta da CE secou no apoio a este específico investimento as empresas não tiveram outra alternativa senão lançarem-se no especulativo mercado imobiliário que cresceu exponencialmente e continuaram a enriquecer com a ajuda do crédito bancário esse também beneficiário dessa especulação face ao absurdo do custo do metro quadrado. Ora o mercado imobiliário vai entrar em recessão e inevitavelmente as empresas do sector já estão a acusar esse efeito porque terminam as construção dos imóveis em propriedade horizontal mas ficam com eles por vender. Tal como na banca a promiscuidade que existe entre os banqueiros e os governantes e é por demais conhecida, ela não se cinge a este sector do negócio do dinheiro, também envolve este sector que se está a organizar para se lançar nos concursos públicos das obras megalómanas que este Governo faz questão de levar por diante, porque entretanto vamos assistir à acomodação nessas empresas de mais uns destacados militantes do partido. Perante esta realidade que denota uma total falta de vergonha do poder político só nos resta uma alternativa para tentarmos evitar que o País esteja ainda hipotecado quando os nossos netos chegarem à idade adulta. Gritar. Basta. Chega. Nós não consentimos que a promiscuidade seja institucionalizada desta forma descarada

7 comentários:

MFerrer disse...

Vamoa lá a ver se percebi: Então os custos descontrolados e as derrapagens orçamentais em tudo o que foi obra nos governos do Cavaco...foi culpa do Sócrates e deste governo?
Não haverá aí uma pontinha de falta de vergonha?
De pura e simples demagogia? Por esse fantástico raciocínio nunca mais se deviam fazer obras públicas em Portugal. Isto ia tudo para o freezer!
valha-o Deus! tanta lorpice!
MFerrer
http://homem-ao-mar.blogspot.com

MFerrer disse...

Depois, a falta de rigor e os boatos, não são reconhecidos como forma honesta de discutir seja o que for. É um amania!
Quem é que "deu", o "quê" à Mota Engil?
Já foram postas a concurso alguma dessas obras?
Quais os concorrentes que foram licitar?
Tenho a certeza que sabe, mas parece esquecer, que os concursos dessa dimensão têm regras comunitárias e são obrigatoriamente concursos internacionais que só podem ser ganhos pela via da licitação. Por acaso deve saber que acabaram as cunhas e os favores aos amigalhaços do tempo dos governos do Cavaco!?
Agora, se alguém fosse preterido injustamente há o recurso a Tribunais europeus. E foi este governo, não outro, que legislou sobre a margem de derrapagem nos custos de OP, também tinha esquecido?
Essa cabeça!!
MFerrer

contradicoes disse...

Muito sinceramente caro mferrer não vejo onde esteja tanta lorpice. Obviamente que ninguém é contra a realização de Obras Públicas elas são necessárias e devem ser efectuadas porque é nessa base que se desenvolve o país. O que eu critico e julgo ser um direito que me assiste à luz da liberdade de expressão são as contínuas derrapagens que se registam sempre que as mesmas são adjudicadas e até à sua conclusão.
Se efectivamente não há pontinha de vergonha é da parte de quem é responsável pelas sucessivas derrapagens que as obras públicas adjudicadas pelo Estado atingem sempre e merecem até reparos e censura dos relatores do Tribunal de Contas, face ao custo final de cada Obra.

Pedro disse...

Uma vergonha! Esta promiscuidade entre políticos e grandes grupos económicos é vergonhosa!!!
Para quando uma actuação séria e criteriosa da Procuradoria Geral da República.???

MFerrer disse...

Com toda a consideração.
O que está a dizer é que se está a indignar com o passado. Quem não está? Levantemos uma bandeira contra tudo o que é passado e apoiemos decisivamente aqueles que querem alterar a tradição das derrapagens financeiras.
A minha juventude não me permite ter outra atitude!
Repito, que não é demais: Foi este governo que legislou sobre a margem possível de diferença (derrapagem) de custos duma obra e o contratado.
Foi este governo que o fez. Não merece pois esta conjugação dos verbos no presente.
Depois, também deve alterar a ideia que subjaz ao seu post: que o Governo tinha dado obras à Mota Engil. É falso! É falso e é falso!
Vc sabe e eu sei que sabe.
Mas não o desejo irritar. Sinceramente e amigavelmente, sem o conhecer, também me solidarizo por sabê-lo em dificuldades.
Peço desculpa desta intimidade.
Saiu-me!
Pode à vontade mandar-me dar uma volta.
MFerrer

contradicoes disse...

Não caro mferrer. Não vejo nenhuma razão para o mandar dar uma volta porque tento saber interpretar a democracia e como tal a divergência de pontos de vista jamais me servirá de base para assumir uma tal atitude.
Terei sempre muito gosto em conhecer a sua opinião independentemente de concordar ou não com os meus pontos de vista. Agradeço a sua solidariedade relativamente ao meu problema de saúde do qual penso libertar-me após intervenção cirúrgica e terminado que seja a quimioterapia
e radioterapia a que estou a ser presentemente submetido.

MFerrer disse...

Agradeço e retribuo em dobro a sua franqueza.
Só posso desejar rápidas melhoras e força! Força!
Atentamente
MFerrer