domingo, outubro 17, 2010

Se houver eleições legislativas antecipadas como se prevê o PS comete o maior erro se insistir com Sócrates a liderá-lo

Não tenhamos ilusões que o governo de Sócrates só não caia já com a não aprovação do orçamento porque a ala do PSD que apoia a reeleição de Cavaco Silva está a pressionar os que apoiam Passos Coelho para não obstar a que o orçamento seja aprovado. Uma vez reeleito Cavaco Silva, tudo aponta nesse sentido, proporcionado sobretudo pela estupidez da divisão da esquerda em concorrer cada um com o seu candidato, no próximo ano a inevitabilidade de realização de eleições legislativas antecipadas é mais que certa. Tenho ouvido vários apoiantes de José Sócrates, afirmar que a acontecer essa inevitabilidade o PS volta a concorrer com o seu actual secretário-geral. Julgo que esta convicção de alguns dos apoiantes de Sócrates enferma dum enorme erro que consiste em ignorar que no PS já há muito quem pense ter chegado ao fim a liderança de José Sócrates e que a marcação de eleições antecipadas vai obrigar a que o partido socialista num curto espaço de tempo tenha de realizar eleições para escolher um novo líder, isto se não quer correr o risco de se suicidar politicamente insistindo em concorrer a novo acto eleitoral com o seu actual líder considerado a "persona non grata" no seio do eleitorado. Isto porque já todo o eleitorado percebeu que a teimosia de Sócrates têm-se sobreposto à vontade de alguns dirigentes e militantes do partido que não o apoiam nas suas opções, algumas delas até contestadas com veemência. Por isso repito se o PS insistir em concorrer a eleições antecipadas com o actual líder cometerá o seu suicídio político, entregando de mão beijada o poder ao PSD que se coligará com o CDS/PP e dará o golpe de misericórdia aos trabalhadores.

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