Nenhum de nós tem qualquer dúvida sobre isto porque somos unânimes na apreciação. A crise de valores na política em Portugal instalou-se e está para durar. Ninguém também dúvida que todos aqueles que escolheram a carreira política nos partidos aos quais aderiram, uns após o 25 de Abril outros algum tempo depois, têm para além do objectivo no lugar do parlamento, ocupar uma pasta ministerial ou uma secretaria de estado na pior das hipóteses. E todos aqueles que conhecemos e que durante estes 33 anos de pseudo-democracia, ocuparam lugares de destaque no partido, tiveram sempre a oportunidade de exercer um qualquer cargo normalmente bem remunerado nem que fosse numa empresa pública. É certo que nunca pesou na escolha dos lideres partidários preencher os lugares de destaque com militantes competentes para o exercício de qualquer cargo.
Daí que o curriculum profissional de cada um desses políticos que exerceram funções de estado ou em empresas públicas, tivesse sido sempre não por uma questão de competência mas sim a relação de amizade para com o líder partidário, sendo que, os lugares secundários não foram uma segunda escolha mas sim uma preferência dos primeiro escolhidos. E a dança das cadeiras que nestes 33 anos se verificou a nível político permitiu que alguns senão a maioria dos beneficiados tivessem enriquecido. Não meus amigos não vou citar nomes porque eles são todos conhecidos e a maioria deles são militantes do PSD, embora também os haja do PS que hoje desfrutam duma situação económica invejável a que jamais chegariam senão tivessem enveredado pela escolha da carreira política. Ninguém acredite na afirmação de que eles estão na política para servirem a causa pública, isso é pura mentira. Eles estão na política para se servirem dela e além de se acomodarem bem na vida, conseguirem proporcioná-lo aos seus familiares e amigos.
Mas o objectivo do post é fundamentalmente demonstrar que esta crise de valores se acentua nesta luta de galos entre Menezes e Marques Mendes na qual está bem patente o jogo sujo de que cada um se serve para atingir os seus objectivos.
É-me absolutamente indiferente que seja eleito amanhã, um ou outro, para liderarem o segundo maior partido português que, afinal, tendo em vista o número de militantes e o cada vez menor número de simpatizantes, nem um nem outro trarão nada de novo e muito menos de importante ou relevante para a vida política nacional.
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