segunda-feira, abril 07, 2008

Os crimes que se cometem com aparente justa causa

Ninguém tem o direito de tirar a vida ao seu semelhante, mesmo que existem fortes fundamentos para o fazer. Mas esta pratica deveria ser comum e normal num qualquer país em que a justiça funcionasse condignamente o que já comprovadamente se demonstrou no é o caso de Portugal. De resto nunca assistimos numa qualquer manifestação ou contestação dos agentes judiciais, referir que a razão da sua motivação residia na melhoria do funcionamento de algo que só deles depende e nunca dum qualquer poder político vigente. Hoje um indivíduo que foi empregado da firma MOVIFLOR sentindo-se prejudicado muito provavelmente pela condução do seu processo de acidente de trabalho, escolheu em desespero de causa, como primeira vítima um responsável duma loja de Viseu e só depois resolveu dirigir-se à companhia de seguros responsável pela atribuição da respectiva indemnização pelo coeficiente de desvalorização resultante do acidente de trabalho de que foi vítima. Mas aqui não conseguiu os seus intentos, viu gorada a tentativa de cometimento da justiça pelas suas próprias mãos, face à resistência com que se confrontou com o funcionário abordado. Mais dia menos dia o autor pela morte do supervisor da Moviflor de Viseu vai ser apanhado e encarcerado, pese embora o seu estado de desespero e a certeza de que a seguradora não estaria a resolver condignamente a sua situação, o tenham motivado a agir desta forma. Insisto não faço a apologia da justiça pelas próprias mãos, mas atendendo a que o sector judicial deste país funciona mal, porque protege os poderosos nomeadamente as seguradoras que do ponto de vista de assumir as suas responsabilidades neste e noutros âmbitos tentam sempre prejudicar terceiros, com a conivência dos tribunais, entendo perfeitamente a atitude face ao estado de espírito em que se encontrava este ex-trabalhador dao referida firma. E estou em crer pela consciência colectiva de que a justiça pura e simplesmente não funciona neste País, muitos outros casos semelhantes a este irão ocorrer no futuro.

3 comentários:

Pedro disse...

Há que alterar o Processo do Código Penal e alagar as penas de prisão para estes casos.
25 anos de prisão, que passam a 12 anos por bom comportamento, por matar 1, 2 ,3 ou mais pessoas é uma vergonha.

augustoM disse...

Não se pode fazer justiça pelas próprias mãos, era o fim da civilização.
Um abraço. Augusto

São disse...

As seguradoras tal como os bancos exploram descaradamente os clientes: só assim se explica os fabulosos lucros que têm!
Este "justiceiro" não será preso porque já morreu mun acidente de carro.
Receio sinceramente que este caso se venha a repetir. Porque com D. Pedro escreveu de Bruges a seu irmão, o rei D. Duarte, " Justiça que se alonga sem fim no tempo, ñão é justiça!".
Saudações.