Toda a gente reconhece que a Administração Pública neste país funciona mal. Mas sempre que algum governo manifesta intenção ou mesmo anuncia medidas para tentar melhorar o seu funcionamento erguem-se logo vozes de contestação da parte dos agentes visados ou da população em geral embora, insista, esta reconheça a necessidade de se fazer algo para eliminar as suas deficiências de funcionamento.
Pois bem.
É sabido que um dos grandes problemas da falta de policiamento nas localidade pretende-se não é com a falta de efectivos porque quase todos os anos ocorrem novas admissões, mas sim com o facto de grande parte dos agentes afectos às esquadras e postos policiais se encontrarem no seu interior a executarem tarefas administrativas o que não faz qualquer sentido, havendo na Administração Pública, muitos funcionários a quem deveriam ser confiados esses serviços. Por outro lado assistimos de algum tempo a esta parte que, a maior parte dos giros policiais são realizados em viaturas e muito raramente os vemos fazê-lo a pé. Ora, não faz qualquer sentido que continue a verificar-se essa por parte das dos comandos.
Possuindo as policias autocarros, faria muito mais sentido que as esquadras ou postos de polícia conhecendo a sua área de intervenção distribuíssem diariamente por diversas zonas agentes e estes depois efectuassem o giro a pé, para assim ser possível através da sua presença física dissuadir os meliantes que em qualquer esquina aguardam uma oportunidade para escolherem a sua vitima.
Para além disso todos temos consciência de que qualquer serviço público cujo funcionamento tenha uma orientação igual durante anos sucessivos permite a existência de vícios por parte dos agentes aos quais estão confiadas as realizações de determinadas tarefas. Pelos motivos expostos sou de opinião que as reformas na Administração Pública, além de serem necessárias são de aplaudir quanto mais não seja pela intenção de melhorar algo que funciona mal ou simplesmente não funcione.
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