Esta estação emissora, pioneira da televisão em Portugal, quando detentora do exclusivo desta exploração audio-visual, presenteou-nos com alguns excelentes programas, estou-me a lembrar nos anos 50, mais propriamente 1957, aquele onde participava João Villaret, nos anos 70, Vitorino Nemésio e muito posteriormente o professor Agostinho da Silva. Sem dúvida excelentes programas de televisão, sem que representassem custos elevados para a mesma destes participantes de grande categoria. Mas a televisão pública ao invés de manter alguma qualidade na sua programação, a partir do momento em que foi concedido a operadores privados alvarás de licenciamento e face ao seu objectivo do lucro fácil proporcionado pela publicidade, enveredaram pelo mesmo caminho desses novos operadores, passando a transmitir autêntico lixo televisivo que apenas contempla aquela faixa de público que aplaude e delira com os programas da TVI e SIC os quais mais não conseguem do que estupidificar milhares de pessoas que vibram a assistir aos mesmos. Daí não me sentir minimamente motivado a felicitar a RTP pelos 50 anos de transmissão de programas televisivos, não tanto por alguns de elevada qualidade e que já citei, mas sim por outros senão a maioria de qualidade sofrível e de custo muito mais elevado, nos quais tem apostado em virtude de assumir um procedimento semelhante aos operadores privados, os quais sempre preocupados com os índices de audiência
continuam a brindar-nos com autêntico lixo televisivo.
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