O Presidente da Associação dos Construtores Civis e Obras Públicas afirma que a falta de investimento do Governo está a contribuir para a falência de muitos dos seus associados. Acredito que sim mas não serão assim tantos como se poderá supor e nem sequer o próprio presidente desta associação o saberá quantificar. E isto porque as grandes empresas de Construção Civil de Obras Públicas não vão à falência, mas arrastam os sub-empreiteiros para isso, pois como todos temos disso noção as grandes empresas habitualmente contratam-nos para efectuar determinado tipo de trabalhos. As obras públicas realizadas pelo Estado ou autarquias atingem custos que não são praticados no sector privado, chegando mesmo quando concluídas a custarem o dobro ou o triplo do valor da adjudicação o que é absolutamente incompreensível. É certo que na execução duma obra pública do Estado ou autarquias há muita gente a comer, sendo essa a causa principal do custo final que a mesma atinge. Mas a preocupação do presidente desta associação confirma algo que eu próprio já o havia abordado em post que o Estado é o principal garante da sobrevivência das empresas suas filiadas exactamente pelo facto de praticarem preços a custo muito elevado, cujos valores para idêntica obra não se atreveriam pedir a um empresário particular. Ou seja, a manter-se o não investimento em matéria de obras públicas por parte do Estado, os construtores civis e obras públicas não têm à partida assegurada a sua sobrevivência porque perdem a garantia de realização de obras de grande vulto a preços especulativos os quais contribuem para o seu enriquecimento, uma vez que, com a mão-de-obra barata, esta actualmente não assegurada pelos africanos das ex-colónias mas pelos emigrantes dos países de leste alguns dos quais na situação de ilegalidade, nem salário recebem, o custo duma adjudicação rende-lhes agora muito mais do que antes porque ficam a dever aos seus artífices. Em conclusão.
Contrariamente ao que muita gente pensa acerca da dependência de subsídios, não se restrigem ao sector das pescas e agricultura, porque o sector da construção civil e obras públicas também vive e bem à custa dos dinheiros escandalosamente conseguidos através de adjudicações de obras públicas postas a concurso pelo Estado e autarquias.
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