segunda-feira, março 26, 2007

Documentos levantados pela BBC revelam que a estimativa de mais de 650 mil mortos desde o início da guerra no Iraque foi considerada "estatisticamente


sólida" por um alto funcionário do governo britânico.

Os papéis, obtidos graças à lei britânica da Liberdade de Informação, mostram que o principal assessor científico do Ministério da Defesa britânico elaborou um parecer em que dizia que a estimativa publicada em Outubro pela revista médica especializada The Lancet era "robusta" e resultado de uma metodologia adequada.

O parecer de Roy Anderson circulou em um memorando no dia 13 de Outubro. A BBC pediu que o documento fosse divulgado no dia 28 de Novembro, mas o pedido só foi aprovado no último dia 14.

Na época da divulgação do estudo pela Lancet, tanto o governo britânico como iraquianos e americanos criticaram duramente o documento.

Um porta-voz do primeiro-ministro Tony Blair chegou a criticar a metodologia e afirmou que os resultados não eram precisos.

Já o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, também desacreditou as conclusões do estudo.

Os iraquianos classificaram os números de "pouco realistas" e "exagerados".

John Hopkins

Pesquisadores americanos da John Hopkins Bloomberg School of Public Health estimaram que 655 mil iraquianos (o equivalente a 2,5% da população do país) morreram como resultado da invasão americana em 2003.

O estudo publicado na Lancet comparou as taxas de mortalidade em 47 áreas do Iraque escolhidas aleatoriamente, antes e depois da intervenção militar dos Estados Unidos.

A grande maioria das mortes teria sido causada pela violência, sendo 56% delas provocadas por tiros, enquanto explosões e ataques aéreos seriam responsáveis por cerca de 14%.

Ainda de acordo com a pesquisa, 31% das mortes violentas poderiam ser atribuídas a acções das forças de coligação.

O total de vítimas calculado pelo estudo é bem maior do que as estimativas oficiais ou o número de mortes divulgado pela imprensa.

da BBC Brasil

Significa que a democratização do Iraque prossegue a bom ritmo e por este andar rapidamente se atingirão um milhão de vitimas iraquianas com a invasão do seu país e a sua contínua ocupação por parte dos EUA e Inglaterra, sem que vejamos os responsáveis por este genocídio serem condenados por este acto.

1 comentário:

augustoM disse...

Eu diria antes que a democratização do Iraque caminha a bom ritmo, já não falta muito para a população desaparecer, e aí sim, os mortos são as criaturas mais democráticas, aceitam tudo o que os outros querem.
Um abraço. Augusto