Portugal depois de ter reconhecido no âmbito da pior descolonização que realizou e há memória resolveu empenhar-se para devolver aos timorenses a sua terra então ocupada indevidamente pelos indonésios. E quando tal foi conseguido, Portugal apoiou, embora sempre cometendo os mesmos erros que em relação às outras ex-colónias deixando-se substituir na neo-colonização,
a sua ascensão até à independência, onde se tem mantido investindo naquele novo País.
Inicialmente os timorenses reconheceram e bem que Xanana Gusmão deveria ser o seu presidente por tudo quanto passou até conseguir levar aquele País à independência, pois travou uma luta desigual com os indonésios até ser por eles encarcerado. Pouco depois da formação do 1º. governo à semelhança do que tem acontecido noutras colónias a existência de vários grupos étnicos não favorece a vivência harmoniosa porque uns não aceitam ser governados por outros. E tal como de vez em quando acontece na Guiné, sempre que um oficial qualquer se torna dissidente do governo instalado a sua primeira atitude é, mesmo sendo apenas apoiado por um punhado de guerrilheiros que se lhe juntem, tentar um golpe de estado ou desestabilizar o País. O major Alfredo Reinado que quando o apanharam pela primeira vez e por ter sido responsável por diversas mortes se o tivessem fuzilado, já não teria tido a oportunidade de fugir e repetir a gracinha.
Como não lhe acabaram com a raça estão agora com dificuldades em voltar a apanhá-lo. Obviamente que por detrás destas manobras do Reinado, está de certeza uma potência estrangeira que pode ser a própria Indonésia crer voltar a tomar conta daquele território até porque está mais apetecido face ao petróleo encontrado, cuja exploração está a ser efectuada pela Austrália. Sou de opinião que Portugal deveria retirar imediatamente a GNR e os professores que por lá se encontram destacados pois não faz sentido nenhum que pactuemos com tentativas deste tipo as quais apenas contribuem para atrasar o desenvolvimento daquele País.
Por um lado quiseram a independência, sujeitando-se a situações incríveis como aquelas que vimos passar na televisão, ascenderam a ela, com a ajuda de Portugal e aqui honra seja feita à intervenção de Ana Gomes, para depois não se entenderem porque querem todos governar ou governar-se.
3 comentários:
E nós a pensar que as "Angolas" não se iriam repetir! Timor para lá caminha...
Confusão, balbúrdia e desrespeito pela democracia...
Terra que não tem pão, todos gritam e ninguém tem razão.
Timor é presa fácil de qualquer revolucionário de meia tijela, o ócio involuntário e a fome são maus conselheiros.
Um abraço. Augusto
frustrante, muito frustrante. e ainda mais quando se pensa que Timor é um território minúsculo onde se suporia, depois da unidade contra o opressor indonésio, que seria fácil a unidade...
mas não sei se teria adiantado alguma coisa fuzilar quem quer que fosse.
Enviar um comentário