sábado, outubro 07, 2006

Por vezes somos repetitivos mas as circunstâncias a isso nos obrigam

Já abordei esta questão mais do que uma vez, mas julgo não estar ainda esgotada. Escrevi à dias que os comerciantes de automóveis em Portugal usam um critério que não é utilizado em mais nenhum pais europeu. E mais grave se torna este critério na medida em que neste País que é obrigado a adoptar as directivas da Comunidade Europeia, sabemos por exemplo no capítulo do famigerado Imposto Automóvel tão oportunamente contestado pela ANECRA, não tem tido qualquer êxito, nem na sua extinção nem na sua redução facto que contraria o procedimento adoptado pelos comerciantes deste ramo nos outros paises europeus onde não se pratica este Imposto. Portugal tem sido penalizado, paga as coimas que lhe são aplicadas porque isto infringe regras comunitárias, mas a receita é tão elevada que permite o pagamento das multas sem pestanejar. Muitos portugueses estão a optar por ir comprar viaturas à Alemanha e Luxemburgo, porque como o critério de avaliação é diferente do que é utilizado neste País, ou seja, um automóvel com dois ou três anos, por conseguinte relativamente recente, desde que possua mais de 100.000 kms, custa um valor inferior ao duma viatura com muitos mais anos, mas que possua muito menos quilometros. Faz todo sentido que assim seja na medida em que o que desgasta um automóvel são os inúmeros quilometros percorridos e não os anos da sua existência, muitas vezes conservado dentro duma garagem. Os representantes das marcas de automóveis, numa atitude muito pouco inteligente, isso constatei eu hoje, resolveram com vista a desmotivar a opção que muita gente está agora a fazer em não aceitar retomas de veículos importados usados, convencidos que isso os favorecerá. Nada de mais errado tal atitude. Da parte que me toca e nisso sou muito firme nas minhas decisões, não sei quantas vezes mais trocarei de automóvel, mas a reacção que me suscita este procedimento é a de que jamais voltarei a adquirir um automóvel em Portugal, nem novo nem usado, mesmo tendo de pagar no acto da legalização o mesmo valor do IA o IVA incidente é inferior daquele que é cá praticado, logo aí uma das vantagens.

1 comentário:

BlueShell disse...

e mais uma vez...tens razão!

Beijo da concha...perdida no meio de serranias
BShell...0o0o0o00o0o0o0o00o0o0o0oo