terça-feira, março 28, 2006

Uma conclusão digna de notícia revela a pobreza no critério
de selecção do que se entende como a mais importante

Vem isto a proposito duma notícia transmitida hoje pela SIC
Notícias em que dava conta duma conclusão da DECO a
responsável pela edição da revista pró-teste, na qual é
denunciada a pouca fiabilidade dos produtos farmacêuticos,
em conivência com a entidade fiscalizadora o INFARMED.
Sinceramente fiquei pasmado com uma tal conclusão, como
se as pessoas que adquirem os medicamentos logo ao abrir
da embalagem não reparem que no folheto que o acompanha
para além da posologia, é sempre referido um rol de contra
indicações que só por isso seria razão bastante e suficiente
para ninguém tomar a medicação.
Quantos doentes após iniciarem um tratamento devidamente
medicados por um especialista, chegam ao cabo de apenas
alguns dias de ingestão dos medicamentos ter de voltar ao
médico para lhes mudarem a medicação por esta lhes estar
a causar piores perturbações do que aquelas que tinham
antes de iniciar o tratamento.
Que dizer da recente atitude da INFARMED em retirar a
comparticipação duma lista considerável de medicamentos,
por chegar à conclusão após uma série de anos da sua venda
em farmácias que não estava comprovada científicamente a
sua eficácia.
Há quanto tempo sabemos que este vergonhoso negócio com
a complacência das entidades oficiais responsáveis pela sua
comercialização e até sua comparticipação através dos
subsistemas de saúde, sabem que a sua eficácia não está
suficientemente comprovada e continuam a autorizar a sua
comercialização.
Não precisamos que a DECO nos venha lembrar de algo que
já há muito temos consciência da sua pratica.

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