quarta-feira, abril 04, 2007

Mais uma quadra que se assinala e algumas mortes que não irão celebrá-la

Aproxima-se mais um longo fim-de-semana para se festejar a Páscoa. À semelhança da quadra do Natal, vários milhares de pessoas aproveitam para se deslocarem à terra natal dos seus progenitores para com eles festejarem esta quadra e porque não aproveitarem para matar saudades e de regresso trazerem na bagagem alguns víveres. A maioria dos vão regressam de novo sem qualquer tipo de problemas. Mas existe sempre uma pequena percentagem de pessoas que nem sequer chegam ao destino para onde se propõem viajar porque são vítimas de acidentes de viação, uns por si próprios provocados, outros provocados por terceiros. E o número de vítimas segundo os dados estatísticos tende a crescer embora o número de acidentes decresça o que significa ser a violência do embate muito maior que em anos anteriores. Isto porque como é sabido os automóveis mesmo os de baixa cilindrada atingem velocidades elevadas não consentâneas com a sua estabilidade e segurança. Sobre isto já tenho emitido a minha opinião e na troca de impressões com agentes reguladores de trânsito, chego à conclusão do erro que incorrem ao interpretarem que o facto dum automóvel de segmento médio ou médio superior que possua uma tara superior a 1.500 kgs, não terem uma melhor capacidade de imobilização na travagem do que um automóvel utilitário com metade do peso ou seja cerca de 800 kgs, isto porque afirmam que o peso que desloca uma viatura de 1.500 Kgs torna-se superior e daí o resultado não ser esse. Discordo totalmente de tal opinião na medida em que temos de analisar com pormenor certos detalhes.
Um automóvel de segmento médio ou médio superior que tenha de tara 1.500 kgs ou mais, vem equipado com pneus largos e normalmente dotado de travões de disco às quatro rodas o que à partida lhe confere uma maior eficácia na travagem, daí e no caso sempre importante de ser respeitada a distância de segurança, um destes automóveis que circule a 100 ou 120 kms hora, travando em piso seco, se for necessário efectuar uma travagem de emergência por qualquer razão que determine essa necessidade, imobiliza-se em poucos metros, sem colidir no automóvel que circule à sua frente, o mesmo não acontecendo com um automóvel utilitário que embora deslocando um peso inferior mas utilizando a mesma velocidade necessitava duma maior distância para se mobilizar, face à necessidade de efectuar uma travagem de emergência, primeiro porque possui pneus muito mais estreitos o que lhe confere uma menor aderência e depois porque o seu sistema de travagem apenas contempla os discos à frente e tambores a trás sendo obviamente menos eficazes. Face ao exposto continuo a achar que a opinião dos agentes de trânsito que têm esta opinião não têm razão quando afirma não ser razão determinante para uma melhor eficácia de travagem os motivos anteriormente invocados.

1 comentário:

Pepe Luigi disse...

Não quer dizer que eu na minha juventude não tivesse feito algumas "loucuras", mas que teimosamente afirmo serem inofensivas.
Actualmente o que é de substimar é a constante agressividade, patente na maioria dos automobilistas. A desmesura incontrolável desta prática a todos os níveis é considerada por mim como um crime.
Senão vejamos: A lei da segurança das estradas ainda está longe na sua purificação. Um indivíduo que mata outro, mesmo por involuntariedade é um criminoso.
O Código da Estrada e a cobertura sinistral dos Agentes de Seguros tem medidas e pesos diferentes no apuramento de responsabilidades civis.
Sem eu estar a excluir-me das devidas respondabilidades, o facto é que há 40 anos era mais tolerável aceitar os mesmos tipos de contravenção do que nos dias de hoje: Há muito mais tráfego; carros mais potentes; comportamentos mais desviantes.

Até sábado, com um abraço amigo
Pepe.