Confesso que já me começam a chatear estas reportagens de pura perseguição aos feirantes. E hoje ocorreu mais uma com a apreensão de milhares de artigos. É sabido que Portugal é um país onde as feiras e romarias fazem concentrar muita gente, uns para comprarem outros apenas para verem. Não sou adepto nem dumas, (feiras) nem doutras (romarias), mas ultimamente temos assistido a reportagens televisivas que com grande aparato policial invadem feiras e apreendem artigos de contrafacção. Se tivermos em conta que as chamadas grandes marcas de vestuário e outros artigos exploram de forma vil mão-de-obra infantil nos países asiáticos, para depois venderem os ténis de marca por mais de cem euros, não me repugna que um cigano ou qualquer outro feirante, que já se desfez do jumento ou da mula que possuía e trocou por um BMW último modelo que o tem à porta da barraca na expectativa de, por força dum desalojamento lhe ser dada uma casa condigna para viver com a sua família, dizia, repugna-me menos assistir à elevação do nível de vida desse feirante, vendendo vestuário de contrafacção que até foi confeccionado numa qualquer fábrica de lanifícios portugueses, embora pagando o salário mínimo aos seus assalariados lhes garante a subsistência, do que ver reportagens televisivas mostrando crianças de 9, 10 e 11 anos, a cozerem ténis das ADIDAS, ou de qualquer outra marca, recebendo um salário miserável, para depois os executivos portugueses os calçarem vestidos de facto de gravata.
Só entendo esta acção policial numa perspectiva do aumento da criminalidade empurrando os feirantes para a mesma, face a esta perseguição constante e continuada da sua actividade para protecção das lojas das grandes marcas que continuam a explorar escandalosamente a mão-de-obra infantil e não só. Esclareço para terminar que não sou comprador de artigos na feira, mas também não recorro às lojas de marca em nenhuma circunstância tendo em vista a margem de lucro das lojas face ao custo do artigo produzido nas circunstâncias que conhecemos. Até quando iremos continuar a assistir à perseguição dos feirantes por parte das autoridades policiais para protegerem o negócio dos exploradores de marcas de vestuário.
5 comentários:
Boa noite
Confesso que também vi a dita reportagem e, já não acho piada nenhuma, pois como alguém lá gritava: vão às grandes fábricas multar quem vende aqueles produtos.
E, sábado estivemos no mesmo lugar, mas não o conheci, tive pena.
Tenho alegria...por ter estado presente. Tenho sonhos...
Que as palavras sejam capazes de transformar em sentimentos.
Tenho esperança...
De a todos voltar a encontrar.
Tenho prazer...
De compartilhar convosco as emoções e sentimentos.
Tenho vontade...
De aprender com todos vós a expressar-me melhor.
Tenho amor...
Para compartilhar a todo o momento.
Tenho a agradecer...
A todos os presentes no jantar pela partilha de momentos agradáveis
Tenho um convite...
Compartilhar com todos este blog e voltem sempre…
Boa semana.
Regressei após um longo período sabático. Faça o favor de vir à minha "casinha" fazer-me uma visita que a sua presença é sempre bué de agradável.
Aquele @bração do
Zecatelhado
Ainda bem que "tocas" nesses assuntos! Tem muito o que se lhe diga! E concordo contigo em tudo!
beijo
BShell
Olá, tudo bem desde o outro dia?
Um dia destes fui à Feira da Ladra - há mais de 20 anos que não ia lá - e espantou-me o aparato policial - eram quase tantos polícias como vendedores. Isso só afasta os compradores., porque os vendedores esses têm mesmo que ir porque é o seu ganha-pão e dos filhos.
Era para fotografar mas fiquei tão decepcionado que nem tirei a máquina. Haja ordem, claro, mas sem ameaças..
Um abraço!!!
Olá outra vez
Ora pois...a Kalinka pode ser quem estava ao lado do Alexandre ou do lado direito do Joaquim.
Segue o esclarecimento:
aqui a JE, euzinha da silva estava ao lado do Alexandre do Fundamentalidades e, depois chegou a Júlia do blog «As causas da Júlia» que ficou do outro lado, ou seja, a Júlia à minha direita e o Alexandre à minha esquerda.
É que havia lá outro Alexandre, o do Sais Minerais.
Muito obrigado por ter gostado do retrato que, na brincadeira, fiz.
Fiquei sensibilizada por ter adjectivado de: perfeitíssimo.
Até outro dia.
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