terça-feira, maio 29, 2007

Isto já não é notícia, mas sim uma forma de massacrar

Desejaria, tal como a maioria dos portugueses, que a menina inglesa desaparecida da Praia da Luz, aparecesse no minuto a seguir. No entanto nada fará prever que tal aconteça face ao conhecimento que temos das diligências efectuadas pela PJ. Estamos por isso perante um acontecimento que pode muito provavelmente prolongar-se por meses e anos sem que a descoberta do paradeiro de Madeleine venha a acontecer.
Daí parecer-me massacrante a atitude assumida pela nossa comunicação social em noticiar continuamente todos os passos relacionados com os pais da criança como se efectivamente os nossos problemas se resumissem em desaparecimentos de crianças que, como temos perfeito conhecimento quando se regista com crianças e jovens portugueses nem sequer nalguns casos é feita qualquer referência. Mas o que se pretende com isto, demonstrar aos ingleses que nós lhes estamos subordinados porque se trata duma criança inglesa ou estão a tentar fazer um frete aos operadores turísticos com receio de que sendo o Algarve um destino habitualmente escolhido pelos ingleses, venha a ser afectado por este acontecimento. Já não há paciência para aturar este tipo de comportamentos jornalísticos.

5 comentários:

Gustavo disse...

Na revista piauí lançaram um concurso de contos!
Vc devia dar uma olhada

PintoRibeiro disse...

Subscrevo tudo. Mas. Já não se consegue esconder a impotência ou será incompetência (?) da polícia portuguesa. No seguimento da Rita, do Rui Pedro e tantos outros.
Bom dia, boa greve, abraço.

Isabel Magalhães disse...

Em relação aos Operadores Turisticos do ALLGARVE (ÓLGARVE)não há problema porque o sr. ministro " com odor a pinho " tratou do assunto.

Sobre as crianças desaparecidas (no mundo inteiro) a minha constante preocupação e sofrimento.

Saudações.

I.

Kaos disse...

Está a decorrer uma greve geral de blogs. Se desejares participar podes copiar a imagem que está no meu blog. Obrigado
Um abraço

Unknown disse...

Apenas me ocorre a expressão "reportagens de encher chouriços".
Confesso que por vezes quase chego a sentir pena de alguns repórteres que têm que preencher longos minutos de reportagem sem nada para dizer. É então que surge o disparate:
Filmam-se cidadãos e diz-se que são "agentes da judiciária", alugam-se helicópteros para violar a privacidade de cidadãos e fazem-se peças jornalísticas acerca de outros jornalistas no local, comenta-se a meteorologia, e repetem-se as mesmas imagens até à náusea do telespectador.
Felizmente existe o telecomando.
Um abraço.