sábado, maio 05, 2007
O novo aeroporto não passa dum mero jogo de interesses
Por tudo quanto temos ouvido, debates nas televisões, rádio e artigos publicados em jornais, não podemos chegar a outra conclusão que não seja a de que o novo aeroporto não passa dum jogo de interesses, nos quais estão por detrás primeiramente as Empresas de Construção Civil e Obras Públicas e a seguir as autarquias. E nem sequer valerá a pena debruçar-mo-nos sobre os argumentos que têm servido de contestação para ser este construído na OTA, pois, se eventualmente fosse este projecto abandonado e feita a opção para a margem sul do Tejo, logo conheceria-mos outros argumentos de teor diferente aquele que os técnicos agora apresentam. Só os ingénuos não percebem que uma obra desta dimensão, não originaria uma contestação tão forte dos mais variados sectores da economia do País, porque estes põem sempre em destaque os seus interesses pessoais e nada mais que isso. De resto a reunião de apoio realizada ontem pelos autarcas que julgam vão ser beneficiados em matéria de desenvolvimento dos seus concelhos é disso a demonstração pese embora alguns sejam militantes do PSD e estejam neste particular frontalmente contra a posição do líder do seu partido. Uma certeza temos todos os que de quando em vez nos deslocamos ao actual aeroporto da Portela. As obras a que foi sujeito conferiram-lhe uma melhor operacionalidade e ainda não se notam quaisquer indícios de saturação de tráfego aéreo nem de passageiros, pelo que muito provavelmente a pressa no lançamento a concurso público da construção do aeroporto da OTA, não se justificaria.
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3 comentários:
Há simplesmente de ter a coragem de dizer NÃO à OTA.
( Tenho lá um tema em que gostava da sua opinião ).
Boa tarde.
Um abraço.
"E nem sequer valerá a pena debruçar-mo-nos sobre os argumentos que têm servido de contestação para ser este construído na OTA, pois, se eventualmente fosse este projecto abandonado e feita a opção para a margem sul do Tejo, logo conheceria-mos outros argumentos de teor diferente aquele que os técnicos agora apresentam. "
Este tem sido o (único) argumento dos defensores da Ota.
Há dois aspectos que se juntam na questão da Ota e que a tornam diferente das grandes obras públicas feitas até hoje em Portugal: a dimensão do custo e o erro técnico gravíssimo (dos pontos de vista de engenharia civil e de transportes). O custo excessivo e desnecessário será sentido por todos os portugueses durante décadas. A má localização sem possibilidade de expansão, associada ao modelo de privatização da ANA, condicionará negativamente a economia de Portugal também durante décadas.
Se há caso em que vale realmente a pena debruçarmo-nos sobre os argumentos é este.
Mais uma vez me parece que tens razão...
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