Não é de agora já acontece há trinta e três anos. O facto de alguns dirigentes políticos e governantes deste país serem possuidores de várias licenciaturas, por si só este facto não lhes confere nenhum grau de inteligência, até porque como é sabido alguns deles obtiveram essas licenciaturas em universidades privadas, às quais ultimamente tem sido através do departamento estatal a quem incumbe a avaliação, retirado, por falta de acreditação, o domínio de interesse público na área do ensino superior, por comprovada falta de qualidade pedagógica. Mas essa constatação não invalida que aqueles políticos e alguns governantes que concluíram as suas licenciaturas, naqueles estabelecimentos de ensino superior, sejam reconhecidos como incapazes e incompetentes para o exercício das funções que exercem. E como o certificado das habilitações que possuem é omisso relativamente ao seu grau de inteligência apenas refere a nota com que cada um deles concluiu a licenciatura, somos nós confrontados através dos seus actos, com a demonstração dessa mesma falta de inteligência.
Senão vejamos.
Relativamente ao novo aeroporto no qual este governo põe tanto empenho e aliás o ministro da tutela já anunciou o lançamento do concurso público internacional, é notório que, para além dos membros do governo e do partido que o apoia, mais ninguém está de acordo com este investimento megalómano. Mas a maioria das pessoas não estão de acordo com este projecto não apenas pelo facto do local escolhido ser a OTA, porque se fosse em Alcochete ou em Alguidares de Baixo ou de Cima a reacção seria a mesma. A maioria das pessoas não está de acordo com este vultuoso investimento porque a altura é desadequada o momento inoportuno porque o povo português está a ser duma maneira geral vitima da tentativa do equilíbrio das contas públicas numa altura em que o governo lhes impõe todos estes sacrifícios insiste em levar por diante um investimento que vai hipotecar as futuras gerações face ao compromisso de milhões de milhares de euros que o custo previsto vai envolver, mais as habituais derrapagens que acontecem em investimentos estatais de grande vulto, porque são muitos os técnicos, fiscais de obra etc., etc, a beneficiarem dela. Não ficaria mal ao primeiro ministro o reconhecimento da inoportunidade desta obra e anunciasse o seu adiamento para uma fase em que o País se encontrasse numa situação de equilíbrio das contas públicas. Mas como estamos em presença se gente muito pouco inteligente, pese embora tenham obtido uma licenciatura, que ninguém sabe porque forma e através de que expedientes, no exercício de funções governativas, independentemente das consequências que este investimento vai traduzir para o povo português, insistem em levar por diante.
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