Britânicos fazem transplante de coração batendo
da BBC Brasil
Médicos anunciaram ter realizado o primeiro transplante
bem-sucedido do Reino Unido de um coração ainda batendo.
O receptor, de 58 anos, estaria passando "extremamente
bem" desde a operação, feita há duas semanas no Hospital
de Papworth, em Cambridge.
O médico Bruce Rosengard, chefe da equipe que fez o
transplante, disse considerar a cirurgia um sucesso já que
o coração está funcionando bem e não há sinais de rejeição
pelo receptor.
A técnica consiste em manter o coração do doador quente
e batendo ao longo da operação, em vez de fazê-lo parar
de bater.
Mais transplantes
Nos transplantes convencionas, os médicos injetam uma
alta dose de potássio para fazer o coração do doador parar
e embalam o órgão em gelo, o que ajuda a mantê-lo em
um estado conhecido como "animação suspensa".
Com esse método, porém, há apenas uma janela de quatro
a seis horas para colocar o coração no receptor, o que pode
ser um problema se o doador estiver em uma área remota
--no Reino Unido, por exemplo, muitos órgãos são
transportados por terra.
No novo sistema, o coração é ligado a uma máquina que o
mantém batendo com sangue aquecido e oxigenado
correndo pelo órgão. Isso permite que os médicos tenham
tempo de examinar o coração, buscando potenciais
problemas, e avaliem as chances de compatibilidade entre
doador e receptor.
"Normalmente o coração está em animação suspensa mas
ainda assim ele começa a se deteriorar. Uma vez que o
órgão é ligado à máquina, o que leva cerca de 20 minutos,
qualquer deterioração é completamente revertida."
Segundo Rosengard, o procedimento pode aumentar
significativamente as possibilidades de transplantes.
"Se nós pensarmos em ressuscitar corações que
atualmente são inutilizados, o número de transplantes
pode ser triplicado ou quadruplicado", disse o médico.
Dessa forma, o coração também pode ser mantido fora do
corpo por mais tempo e chega ao receptor em condições
muito melhores.
A operação foi realizada como parte de um experimento
europeu. Estão previstas mais 19 cirurgias na Alemanha
e no Reino Unido. "O objetivo desse experimento é
demonstrar que o novo método é pelo menos equivalente,
se não superior", afirmou Rosengard.
O diretor da organização UK Transplant, Chris Rudge,
disse acreditar que a técnica também possa ser utilizada
para outros órgãos no futuro, especialmente em
transplantes de fígado.
Comentário: Se calhar esta hipotese de realizar transplantes
com o coração a funcionar, só raramente deverá acontecer
tendo em vista a situação do dador
2 comentários:
Estranho mundo este! Enquanto alguns homens usam a ciência em favor da vida humana, outros utilizam-na para genocídios.
Faço minhas as palavras do sofocleto. Bem hajam uns e 666 para os outros.
As inscrições para o jantar de homenagem ao Fernando já estam abertas no meu blg.
Um abraço. Augusto
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