sexta-feira, junho 16, 2006

Vôos noturnos aumentam risco de mudanças
climáticas

da France Presse, em Paris

Adotar restrições a vôos noturnos pode contribuir para frear
o aquecimento global, segundo um estudo publicado nesta
quinta-feira na revista científica britânica "Nature". Isso
porque, em certas altitudes, o avião produz esteiras de
fumaça que causam grandes impactos no clima.

Estas esteiras são rastros de vapor causados quando a água
em atmosferas frias é condensada pelo exaustor quente do
avião.

Por se tratarem de nuvens, elas prendem o calor emitido
pela superfície terrestre, gerando um "efeito estufa" que se
soma ao aquecimento. Durante o dia, estas nuvens têm um
efeito de resfriamento porque são brancas e, portanto,
refletem parte da energia do Sol de volta para o espaço.

Em certas condições, as esteiras de fumaça podem perdurar
por várias horas.

Meteorologistas da Universidade de Reading (Reino Unido)
mediram a radiação causada pelas esteiras de fumaça em
um intenso corredor de vôo no sul da Inglaterra. Usando
dados de bordo e de um balão meteorológico, eles
examinaram esteiras de fumaça "persistentes", rastros que
permanecem por uma hora ou mais após a passagem do
avião.

Segundo os cientistas, embora respondam por apenas 22%
do tráfego aéreo anual no Reino Unido, os vôos noturnos
contribuem com 60% a 80% do efeito estufa provocado
pelas esteiras de fumaça.

O aquecimento global provocado pelo homem é causado,
principalmente, pela queima de petróleo, gás e carvão, que
liberam carbono, na forma de dióxido de carbono (CO2).
O CO2 permanece na atmosfera como um cobertor invisível,
impedindo a irradiação do calor para o espaço, provocando
alterações no sistema climático.

da Folha Online

Pois se assim é ficamos à espera que se impeça a
continuidade
dos vôos nocturnos, ou vão-se tomar medidas
imediatas.

1 comentário:

Diogo disse...

Isto do aquecimento global tem muito que se lhe diga. Talvez o impacto do homem seja minúsculo:

«A partir de então verificaram-se pequenas oscilações na temperatura, marcadas por moderadas e curtas (relativamente) crises de frio, com correspondentes recuos do mar assinalados como o Baixo Nível Romano, há 2000 anos, o Baixo Nível Medievo, em plena Idade Média (Séc. XIII e XIV) e a Pequena Idade do Gelo, nos Séc. XVI a XVIII, bem assinalada na Europa do Norte pelo congelamento de rios e lagos (situações testemunhadas em pinturas da época) e pela ocorrência de grandes cheias primaveris na sequência do degelo nas montanhas.»

http://www.triplov.com/galopim/onde_a_terra_acaba/litoral_03.htm