sexta-feira, dezembro 22, 2006

Fêmea de dragão-de-komodo se reproduz sem macho



Duas fêmeas de dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto do mundo, surpreenderam biólogos ao se mostrarem capazes de procriar sem terem sido fecundadas por machos. A partenogênese, nome da "concepção imaculada" no jargão científico, foi observada em dois zoológicos na Inglaterra e descrita por biólogos em estudo na revista "Nature".

A fêmea Flora, que vive no zoológico de Chester (Inglaterra), pôs em maio 25 ovos, dos quais onze pareciam ser viáveis, sem que tivesse cruzado com um macho dessa espécie, que na idade adulta pode chegar a medir três metros e pesar até 90 quilos.

Dave Thompson/AP

Dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto de todo mundo, surpreende biólogos
Os ovos de Flora, uma das fêmeas descritas, devem ter a casca rompida pelos filhotes no começo do ano que vem, afirma Kevin Buley, um dos curadores do zoológico de Chester, onde vive o animal.

Oito desses 11 ovos continuaram a se desenvolver normalmente, e os filhotes têm previsão de nascimento para janeiro, já que o período de incubação nessa espécie oscila entre sete e nove meses.

A fêmea Sungai, que vivia no zoológico de Londres, pôs ovos dois anos e meio após seu último contato com um macho e seus filhotes, nascidos sete meses e meio depois, eram sadios.

Os cientistas, dirigidos por Phill Watts, da Universidade de Liverpool, submeteram as ninhadas das duas fêmeas a "testes de paternidade" e descobriram que o genótipo combinado geral dos filhotes reproduzia exatamente o de suas mães.

"Embora se saiba que outras espécies de lagarto realizem autofecundação, esta é a primeira vez que esse processo é identificado em um dragão-de-komodo", explicou Kevin Buley, co-autor do artigo, em comunicado divulgado pelo zoológico de Chester.

O dragão-de-komodo vive em várias ilhas da Indonésia, mas tem população pequena, fragmentada e sofre perda de hábitat. A espécie pode crescer até atingir três metros de comprimento e é o único lagarto capaz de comer presas maiores do que ele próprio. (Sua saliva tem uma flora bacteriana altamente tóxica, capaz de matar presas por septicemia.)

Uma das teorias sobre a evolução da partenogênese nesses animais é que ela tenha surgido para a fêmeas colonizarem ilhas distantes sozinhas.

da Folha Online

Pelo menos as fêmeas desta espécie têm o problema resolvido quanto à falta de machos mas muitas outras há que não têm qualquer hipótese de o conseguir, a não ser aquelas que podem recorrer à inseminação artificial.

9 comentários:

Saulus Lupus Lunae disse...

Imagino quando as mulheres se começarem a reproduzir sozinhas, o que será de nós, vulcoes de testosterona prontos a rebentar a qualquer momento lol. No que me diz respeito é me indiferente :)... Mas estou solidarios com os machos das especies.

Diogo disse...

Enfim, a família monoparental chegou ao reptilário. Triste mundo este...

Diogo disse...

Porquê a indiferença do Paulo Ribeiro?

contradicoes disse...

Penso que a indiferença referida pelo Paulo Ribeiro terá a ver com a opção de escolha das fêmeas, mas isso é algo com que nada temos a ver, embora possamos lamentar se formos preteridos
como machos por qualquer outra fêmea.

Ofeliazinha disse...

Ai que não gosto nada de dragões, mas isso é uma outra história. Brincadeira. Um Bom Natal.

Å®t Øf £övë disse...

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.........*Feliz*
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.....******Natal****
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Um feliz Natal para ti.
Abraço.

Saulus Lupus Lunae disse...

Alguém já respondeu por mim sofocleto ;)

Bom Natal

Anónimo disse...

Vem bem a propósito este "post". Afinal Natal significa nascimento.
Um Feliz Natal.

Anónimo disse...

Ai minha nossa senhora!
Se as fufas sabem disso, também querem!