sábado, abril 28, 2007

Da contestação à animação

Os portugueses são controversos mas desconcertantes. Quando foi anunciada a obra relativa ao túnel do Marquês, ergueram-se de imediato vozes de discordância e a sua edificação não foi nada pacífica tendo sido objecto de embargo por força duma providência cautelar encabeçada pelo actual vereador do Bloco de Esquerda, Sá Fernandes, a quem não lhe foram regateados apoios populares sobretudo por parte de lisboetas residentes nas proximidades e não só. O embargo só por si não foi o principal motivo, mas também contribuiu para que o custo final da obra e à semelhança com todas as obras públicas que se realizam neste país a expensas do erário público, tivesse um aumento significativo, ou melhor muito expressivo até. Mas a obra concluiu-se e o actual edil da CML, antes de ser anunciado que tinha sido constituído arguido no processo Bragaparques, inaugurou com pouca pompa mas alguma circunstância a referida obra. E não é que, exceptuando o dirigente da corporação de bombeiros que está convencido de que nada neste país pode funcionar sem o seu douto parecer e alguns simpatizantes do BE que não poderiam ter outra postura face a este acontecimento, a maioria dos automobilistas e inicialmente as centenas de pessoas que percorram a pé o referido túnel se manifestaram satisfeitos com a conclusão desta obra. Gente esta desconcertante que tão depressa resolve contestar o anúncio duma determinada obra pública, como logo a seguir à sua conclusão é capaz de a apreciar e apoiar.

5 comentários:

PintoRibeiro disse...

Sá Fernandes por muitas razões que tenha meteu o pé na poça no túnel...
Bom fim de semana e um abraço.

Vladimir disse...

voa-se ao sabor do vento e do mediatismo efémero, só que por vezes o povo não se esquece e na hora certa aparece o castigo devido...

PintoRibeiro disse...

Bom dia e boa semana, abraço,

augustoM disse...

O benefício desta obra será avaliado em função da “bicha” que se formará para entrar no Marquês, uma vez que o trânsito fluirá com mais facilidade. Esperemos para ver.
Quanto ao custo, é normal, mal parecia que o orçamento fosse cumprido. Há que privilegiar o empreiteiro, que sabe ante mão, que pode concorrer com um preço competitivo, pois tem sempre a possibilidade de rever em alta, a cotação dada. Chama-se a isto, compadrio. Negócio de compadres.
Um abraço. Augusto

Isabel Magalhães disse...

É pena que o bloquista S.F. não possa ser responsabilizado pelo prejuízo que causou ao erário público.

Saudações.

I.