Senão vejamos.
A nível do ensino público, com a sua reestruturação ocorrida no pós 25 de Abril, encerraram a escolas técnicas e nada foi criado em sua substituição.
Resultado quase toda, senão mesmo, toda a gente que conclui uma licenciatura dum curso para o qual o mercado de emprego lhe pode garantir colocação, têm de frequentar depois cursos de formação pagos pela entidade patronal para lhes garantir o desempenho da função para que foram contratados.
Nada disto acontecia antes isto é quando existiam os cursos de formação profissional, assegurados através das Escolas Comerciais e Industriais que foram então extintas. Ultimamente foram criadas Escolas de Formação Profissional e Institutos Politécnicos os quais não têm colmatado as carências a nível de formação profissional com que o mercado nacional se debate. No capítulo da actividade industrial este país está a recuar a olhos vistos. São cada vez mais as empresas que encerram e colocam imensa gente no desemprego, não só não estamos a crescer neste sector com pelo contrário a este nível não temos para proporcionar às novas gerações emprego porque esta actividade não se tem desenvolvido. No sector agrícola é o que se sabe a desertificação do interior aliada ao facto das gerações de agora não sentirem a mínima vocação nem interesse para se dedicarem a ela, estamos dependentes do exterior já em quase tudo, inclusivamente até nos produtos hortícolas que também já vêm de fora.
Além de sermos antes um país de navegadores e passarmos a ter frotas de pescas com alguma dimensão e expressão nesta altura o sector pesqueiro resume-se praticamente a umas traineiras e pequenos barcos de pesca que vão pescando ao longo da nossa costa. Somos também a nível do pescado abastecidos praticamente pelos espanhóis.
Estamos com o significativo défice de médicos, graças à filosofia dos governos e sobretudo à pressão do órgão corporativo da classe que dá pelo nome de ordem dos médicos que para proteger o rendimento dos seus associados, ajudou a dificultar o acesso de novos candidatos às respectivas faculdades face à exigência da média estabelecida para o efeito. Resultado as unidades hospitalares públicas estão com carência de médicos porque estes depois de nelas lhes terem comido a carne estão agora a ingressar nos hospitais privados sempre com o objectivo claro de melhorarem cada vez mais, não a qualidade da saúde dos portugueses mas sim as suas contas bancárias. Só resta a quem ainda tenha idade para o poder fazer, uma alternativa à situação neste País.
Emigrar.
1 comentário:
Isso é o que eles querem para poderem vender sem problemas a terrinha portuguesa a quem mais der por ela. Se fossemos enumerar tudo o que perdemos, para podermos dizer as bacoradas que nos apetece e sobretudo para ter carrito, meu caro Raul, que lista daria.
Um abraço. Augusto
Enviar um comentário