sábado, fevereiro 25, 2006

Nada faz parar o despesismo autárquico mesmo quando
se trata de gastos supérfluos

É por demais conhecida a situação económica das autarquias
motivada quer pelas obras de fachada que os seus gestores
mandam executar sobretudo em época eleitoral, quer pela
excessiva carga da massa salarial consumida com demasiados
trabalhadores que as mesmas possuem, porque tal como
acontece no governo central estes locais também servem
para colocar muitos boys que militam nos partidos daqueles
que gerem as câmaras municipais, de tal forma que nalgumas
delas chegam a ser afectados 2/3 do seu orçamento para
pagamento de ordenados.
Com a contenção das despesas impostas pelo Orçamento
Geral do Estado os autarcas através das suas associações têm
vindo a fazer um barulho contestando o corte de verbas
destinadas as autarquias o que ainda mais contrabuirá para o
eu endevidamento. Regra geral todos nós vamos dando conta
de gastos por parte dos gestores autárquicos que são
absolutamente dispensáveis.
Existem vários munícipios no País que, chamam a isso
tradição, organizam corsos carnavalescos, alguns dos quais
contratam pagando chorudos cachets, a artisticas brasileiras
que se deslocam expressamente para o efeito.
Ora este ano seria compreensível por parte dos foliões que
apreciam estas manisfestações que até são copiadas do Brasil
o pais onde tradicionalmente se festeja à séculos o Carnaval,
entenderem a não realização por parte das autarquias destes
desfiles, para se evitar despesas supérfluas.
Mas como os autarcas continuam a apostar no despesismo
irresponsável demonstram que não estão minimamente
preocupados com a situação económica das suas câmaras,
mas mais apostados em dar nas vistas.
Esquecendo-se quando entrarem em efectiva ruptura
financeira dos seus orçamentos, hão-de algumas chegar ao
ponto de nem sequer terem dinheiro para pagar a totalidade
dos salários dos seus colaboradores.
E assim vai vivendo este Portugal gerido por uma cambada
de irresponsáveis e incompetentes políticos.

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