Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los
Angeles, desenvolveram uma maneira de identificar a
perda de receptores-chave no tecido cerebral causada
pelos estágios iniciais do Mal de Alzheimer, no que pode
ajudar no seu diagnóstico precoce.
A pesquisa, publicada pela revista Proceedings of the National
Academy of Sciences, usou uma técnica que combina o uso
de um marcador químico e uma sofisticada tecnologia de exame.
Os pesquisadores esperam que a nova técnica permita
diagnosticar a doença antes mesmo que os sintomas comecem
a aparecer.
Já se sabia que o Mal de Alzheimer provoca a morte de
células no centro de memória do cérebro, o hipocampo,
levando a estrutura a se degenerar progressivamente.
Serotonina
Os pesquisadores se concentraram em medir a densidade
de um tipo específico de receptor que responde à substância
química serotonina.
Esses receptores são normalmente encontrados em uma
densidade particularmente alta nas células do hipocampo
que são mais vulneráveis aos efeitos do Mal de Alzheimer.
Os pesquisadores registraram uma queda na densidade do
receptor no hipocampo – e em outros importantes centros
de memória – em 49% dos pacientes com Alzheimer.
Mas eles também verificaram uma queda semelhante em
24% dos pacientes com sintomas leves de função cerebral
prejudicada, que poderiam estar nos estágios iniciais de
desenvolvimento da doença.
“Esperamos que este novo método nos leve a uma melhor
compreensão sobre o Mal de Alzheimer, assim como a uma
nova estratégia para seu diagnóstico”, disse o pesquisador
Jorge Barrio.
“Um hipocampo em processo de encolhimento é um sinal
típico do Mal de Alzheimer, e esse novo marcador nos dará
uma estratégia útil para a detecção precoce e um
tratamento mais eficiente”, disse seu colega Gary Small.
Evolução importante
Harriet Millward, da organização Alzheimer's Research
Trust, disse que uma maneira de identificar a doença antes
que a pessoa desenvolva sinais clínicos seria uma evolução
importante.
Porém ela disse que a pesquisa ainda não provou que a
perda de receptores para serotonina seria necessariamente
um sinal de que as células do cérebro estariam morrendo.
Ela disse que é possível que haja outras razões.
“Ainda há muito trabalho a ser feito antes de que esse
método promissor possa ser utilizado em larga escala, mas
esses resultados poderiam ajudar os cientistas a entender
melhor como a doença evolui e a desenvolver novos
métodos de diagnóstico”, disse.
“Quando quisermos testar novos tratamentos no futuro,
essas técnicas de exames poderiam também ajudar a
avaliar se qualquer nova droga está tendo algum efeito.”
A Alzheimer’s Research Trust está investigando outras
formas de usar exames sofisticados para acelerar o
diagnóstico da doença.
da BBC Brasil
Importa avançar sobre esta doença que já afecta muita
gente e é tida como uma enfermidade cujas causas ainda
não foram devidamente apuradas pela comunidade
científica
1 comentário:
Boa!
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