domingo, dezembro 04, 2005




O músico John Lennon comparou
a vida dos Beatles à decadência da
Roma antiga em uma entrevista
dada à revista musical Rolling
Stone em 1970.







Segundo Lennon, assassinado há 25 anos, o circo em
volta da banda era uma "Roma portátil" de dinheiro,
sexo e drogas. "Todo mundo queria fazer parte", disse.

Na entrevista, ele fala sobre a imagem "de limpeza"
dos quatro Beatles. "Todo mundo em volta queria que a
imagem continuasse", disse ele. "Por isso que alguns
estão se agarrando a ela."

"(Eles dizem) Não tire nossa Roma portátil, onde todos
podemos ter nossas casas, nossos carros, nossas amantes
e nossas esposas, nossas meninas no escritório e festas,
bebidas e drogas."

Os Beatles
Segundo Lennon, ninguém mexia nos shows ao vivo

Para o jornalista Jann Wenner, fundador da Rolling Stone
e autor da entrevista concedida oito meses depois do fim
dos Beatles, Lennon foi extremamente honesto. "Não há uma
palavra que não seja valiosa ou interessante", disse ele.

Lennon também revelou o lado mais obscuro da banda quando
estava em turnê.

"Se não conseguíssemos pegar tietes, tínhamos prostitutas",
revelou Lennon.

"O que viesse. Havia fotos minhas de joelho, me arrastando
para fora de bordéis em Amsterdã com as pessoas dizendo:
'Bom dia, John'."

Segundo John Lennon, as fotos e outras revelações não vieram
a público porque ninguém queria "um grande escândalo".

Na entrevista, o cantor também ataca seu ex-parceiro musical
Paul McCartney. "Nós ficamos de saco cheio de ser os outros
integrantes da banda de Paul McCartney depois que Brian
Epstein (empresário da banda) morreu", disse ele.

"Paul assumiu o comando e, supostamente, nos liderou. Mas
quem lidera quando estamos andando em círculos?"

"Lennon disse ainda que a parceria musical dos dois
terminou "por volta de 1962, ou algo assim".

"Todo o nosso melhor trabalho, tirando os do início como
I Want To Hold Your Hand, foram escritos separadamente."

Os Beatles
Lennon disse que não acreditava no "mito" dos Beatles

Em meio à raiva, Lennon ainda demonstrou algum respeito
por McCartney. "Ele é capaz de um grande trabalho e vai
fazê-lo", disse Lennon sobre o ex-companheiro de banda.

O músico disse ainda que foi levado a consumir heroína
por causa do tratamento que ele e sua mulher Yoko Ono
receberam dos "Beatles e de seus amigos".

"Nós sofremos muito", disse ele.

Nem mesmo o guitarrista dos Beatles, George Harrison,
escapou da ira de Lennon.

"Ele estava trabalhando com dois compositores brilhantes
e aprendeu muito com a gente", disse Lennon, que criticou
o álbum de estréia de Harrison em carreira solo.

O rival Mick Jagger, dos Rolling Stones, também foi
criticado por Lennon, que o chamou de "piada".

"Eu gostaria de listar o que fizemos e o que os Stones
fizeram dois meses depois em todos os discos", disse ele.
"O Mick imita a gente."

John Lennon ainda reclamou do lado negativo de seu talento.
"Não é divertido ser um gênio", disse ele, "é uma tortura".

Em um comentário mais positivo, o ex-Beatle falou sobre o
contentamento que ele encontrou com Yoko Ono comparado a
outros tipos de prazeres.

"Eu passei por tudo isso, e nada funciona melhor do que
ter alguém que você ama para abraçá-lo."

Notícia da BBC Brasil

Nada desta revelação me surpreende. Quase todos os dias
somos confrontados com este tipo de notícias. Sobretudo
neste Mundo do espectáculo raras são as vedetas que não
se envolvem no consumo de drogas, álcool e deboche, sempre
assim foi veja-se o que aconteceu com Elvis Presley que
lhe pos fim à existência. O estrelato fá-los perder o bom
senso, embora haja algumas excepções ao que se já tornou
numa regra.

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