sexta-feira, maio 19, 2006

Polícia britânica descobre seita de escravidão
sexual


da Ansa, em Londres

A Scotland Yard desmantelou na Inglaterra uma seita de
escravidão sexual inspirada em uma série de romances de
ficção científica da década de 60. A seita "Kaotians", que
operava no norte do país, convidava suas participantes
mulheres a se submeterem à escravidão sexual.

A polícia de Durham descobriu as atividades do grupo ao
realizar uma busca em uma casa de Darlington, depois de
receber várias queixas de vizinhos.

O grupo inspirava suas atividades na série de romances
"As Crônicas de Gor", escritas pelo professor universitário
americano John Norman, que narram uma sociedade onde
as mulheres são dominadas sexualmente como escravas.

Oss livros contam a história do planeta quase medieval de
Gor, regido por um sistema de castas e que utiliza as
mulheres como escravas do sexo.

Os agentes de segurança descobriram que uma canadense
de 29 anos contatou a seita após se informar sobre sua
existência pela internet.

A mulher se comunicou depois com um amigo dos Estados
Unidos, que avisou a polícia britânica, denunciando que
ela não podia deixar o país porque a seita teria queimado
seu passaporte e sua passagem de volta para o Canadá.

Líder

Segundo as autoridades, o líder do grupo é Lee Thompson,
31, que estava encarregado de treinar as escravas do sexo.
Ele disse à polícia que tudo o que as mulheres faziam era
"voluntário e seguro".

"Nossa seita funciona sobre os preceitos de que algumas
mulheres têm o desejo de servir", declarou Thompson ao
jornal local "Northern Echo".

"A maioria das pessoas acredita que se trata apenas do
aspecto sexual, mas estamos falando aqui de cada acção
que realizam, as quais fazem para o 'professor'",
acrescentou.

Segundo Thompson, "as mulheres da seita fazem tudo
que lhes é dito em matéria de sexo, mas sempre de
forma voluntária e segura". "Me chamaram de doente,
nas não acredito que o que faço seja ruim", continuou.

A seita "Kaotians" conta com ao menos 350 seguidores na
Inglaterra e estima-se que cheguem a 25 mil em todo o
mundo.


da Ansa, em Londres

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