sexta-feira, julho 14, 2006


Novos
ataques de
Israel
matam ao
menos 36
no sul do
Líbano





Forças israelenses intensificaram os ataques no sul do
Líbano nesta quinta-feira, impondo um bloqueio naval ao
país e fechando o aeroporto internacional de Beirute e uma
rede de TV ligada ao Hizbollah.

Ao menos 36 pessoas morreram --entre eles, vários civis,
incluindo crianças. Uma família de dez pessoas e outra família
com sete integrantes foram mortas na vila de Dweir, perto
de Nabatiyeh.

O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, afirmou que
suas forças não irão permitir que membros do Hizbollah
voltem a se posicionar na fronteira do sul do Líbano. "Se o
governo libanês não consegue destacar suas forças, como é
esperado de um governo soberano, não devemos permitir
que o Hizbollah permaneça nas fronteira com Israel",
afirmou Peretz.

O Líbano se recusou a destacar mais que um número
limitado de membros das forças de segurança na fronteira,
dizendo que não é responsabilidade libanesa proteger Israel.

No norte de Israel, milhares de civis passaram a noite de
quarta-feira em abrigos subterrâneos, enquanto o Hizbollah
lançava foguetes contra territórios israelenses.
Uma israelense de 40 anos morreu e outras cinco pessoas
ficaram feridas nos ataques, segundo o Exército de Israel.

"O governo quer mudar as regras do jogo no Líbano e
mostrar ao governo libanês que é sua responsabilidade o
que acontece no país", afirmou o ministro israelita da
Agricultura, Shalom Simchon.

Segundo o comandante da Força Aérea israelita Amir
Eshel a campanha é a maior ofensiva aérea de Israel já
realizada no Líbano, se forem medidos "o número e a
complexidade dos ataques". A maior ofensiva aérea,
terrestre e marítima contra o Líbano foi em 1996, que
matou 150 civis.

Líbano

Nesta quarta-feira, o governo libanês afirmou que não
tinha conhecimento da ação do Hizbollah e negou ter
qualquer responsabilidade pelo ocorrido.

A crise teve início ontem, quando o Hizbollah anunciou o
seqüestro de dois soldados israelenses. Em troca da
libertação dos reféns, o grupo exige a libertação dos
prisioneiros libaneses detidos em Israel.

Entre os presos, está o extremista Samir al Quntar, que
cumpre 542 anos de prisão e é acusado de um seqüestro
ocorrido em 1979, no qual o israelita Danny Haran, 28,
e sua filha de quatro anos foram mortos. Autoridades
israelitas rejeitaram a exigência.

O governo libanês --que inclui dois ministros ligados ao
Hizbollah-- fez um apelo para que o Conselho de Segurança
da ONU intervenha para resolver a crise na região

A Liga Árabe convocou uma reunião de emergência entre
ministros das Relações Exteriores, que deve acontecer no
Cairo.

Ofensiva

Depois de atingir estradas e pontes no sul do Líbano
durante todo o dia de ontem, Israel expandiu a ofensiva
nesta quinta-feira, impondo um bloqueio naval nos portos
libaneses.

Na manhã de hoje, um míssil israelita atingiu a sede da
rede de TV libanesa Al Manar, ligada ao Hizbollah, que fica
no subúrbio de Haret Hreik, ao sul de Beirute. A rede de
TV continuou em funcionamento e afirmou que o míssil
atingiu apenas "uma unidade pequena de transmissão".

Segundo o diretor da rede de TV, Abdullah Kassir, uma
pessoa ficou ferida no ataque.

A ofensiva aérea também foi intensificada no leste do
Líbano, atingindo um centro cívico vizinho a uma mesquita
muçulmana xiita perto da cidade de Baalbek, assim
como uma antena de transmissão da Al Manar. O sinal
da rede de TV foi interrompido na região.

Aeroporto

Aviões israelitas também atingiram a ponte de Khardali,
no rio Litani, 16 km ao norte da fronteira entre o Líbano e
Israel, segundo testemunhas.

Mísseis israelitas foram lançados contra o aeroporto
internacional de Beirute, forçando seu fechamento e o
desvio dos vôos para Chipre.

Foi a primeira vez desde a invasão israelita do Líbano, em
1982, que o aeroporto foi atingido por Israel. Em 1968,
Israel explodiu 13 aviões de passageiros em Beirute, em
retaliação ao o ataque de militantes libaneses contra um
avião israelitas.

da Folha Online

Israel está apostar no holocausto dos palestinianos e dos povos que
lhes prestam apoio, perante a quase indiferença
do resto do Mundo.
Nem sequer reune o Conselho de
Segurança da ONU para obrigar
a parar estas incursões
militares, aplicando sanções a Israel no caso
de continuar
a violar direitos humanos.

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