terça-feira, julho 11, 2006


O Conselho de Segurança
da Organização das Nações
Unidas (ONU) está dividido
na questão dos testes de
mísseis realizados pela
Coréia do Norte na semana
passada.

Na segunda-feira o embaixador da China na ONU, Wang
Guangya, divulgou um rascunho de declaração condenando
os testes, mas sem mencionar sanções.

Os Estados Unidos, França e Grã-Bretanha rejeitaram o
rascunho de declaração, escolhendo apoiar a proposta de
resolução do Japão - que inclui sanções contra a Coréia do
Norte.

Segundo o correspondente da BBC na ONU Richard Galpin
a divisão dentro do Conselho de Segurança está cada vez
mais profunda.

Tratado

A Coréia do Norte gerou tensões na semana passada
quando disparou sete mísseis durante um teste, incluindo
o míssil de longo alcance Taepodong 2, uma arma que
poderia alcançar o Alasca.

A proposta de resolução apresentada pelo Japão afirma
que a Coréia do Norte é "uma ameaça à paz e segurança
internacional", e convoca o Capítulo Sete da carta da ONU.

Resoluções tomadas sob o Capítulo Sete são legalmente
obrigatórias e podem autorizar sanções ou mesmo acção
militar.

Segundo o correspondente da BBC na ONU em Nova York,
China e Rússia, dois países com poder de veto no Conselho
de Segurança, acreditam que usar uma resolução da ONU
para impor sanções contra a Coréia do Norte seria
irresponsável.

Wang Guangya, o embaixador da China na ONU, disse que
tal acção "poderia piorar ainda mais a situação" e que a
China teme que poderia abrir caminho para uma acção
militar contra a Coréia do Norte.

Para Guangya a melhor resposta inicial uma declaração do
Conselho de Segurança pedindo que a Coréia do Norte pare
com o desenvolvimento de mísseis balísticos e com seus
testes.

Adiamento

A votação do Conselho de Segurança da ONU que ameaça
impor sanções econômicas à Coréia do Norte foi adiada
para dar mais tempo para negociações diplomáticas.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse
que o adiamento visa dar apoio às tentativas da China
para diminuir a tensão na região.

A China, aliada tradicional da Coréia do Norte, enviou
autoridades para Pyongyang para tentar resolver a crise.

China, Rússia e Coréia do Sul já afirmaram que são contra
sanções econômicas.

"As pessoas que apresentaram esta resolução acreditam
que a Coréia do Norte precisa receber uma mensagem da
comunidade internacional, de que seu caminho atual tende
a desordem e vai isolar o país", disse Rice.

"Mas acreditamos que a missão chinesa à Coréia do Norte
promete e vamos deixar que se realize", acrescentou a
secretária de Estado americana.

O Japão apresentou a proposta de uma resolução punitiva
depois que a Coréia do Norte disparou sete mísseis
balísticos em testes na semana passada.

O primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, disse que
seu país não iria insistir em uma votação para o rascunho
de resolução na segunda-feira.

Koizumi acrescentou que o Japão quer enviar a mensagem
mais clara possível para Pyongyang, e iria continuar
pedindo uma votação o mais rápido possível.

"O vice-primeiro-ministro da China está a caminho da
Coréia do Norte para tentar convencer o governo. Nestas
circunstâncias não há necessidade de insistir em uma
votação no dia 10 de julho", teria dito Koizumi à agência
de notícias Reuters.

da BBC Brasil

Mais uma vez fica provado que a ONU é uma
organização onde não existe coesão da parte
dos seus membros, movendo-se pelo jogo de
interesses, não merecendo por isso qualquer
credibilidade as posições ali votadas

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