Autonomia financeira e administrativa para o Museu de Arte Antiga ou qualquer outro museu, era só o que faltava

O despesismo do Estado através dos Ministérios e das respectivas direcção gerais e regionais é como sabemos mais que muito e dificilmente o Ministro das Finanças com vista à contenção orçamental conseguirá qualquer êxito porquanto os directores gerais e não só, arranjam sempre as mais diversas justificações para solicitarem mais um tratamento de excepção, numa determinada contratação ou compra de viatura nova. Não se justifica do meu ponto de vista que nesta ou em qualquer outra altura se altere o modelo de gestão que é actualmente praticado nos museus que não dispõem nem autonomia administrativa, nem financeira. Era só o que faltava nesta altura em que se impõe uma rigorosa gestão de dinheiros públicos que uma qualquer directora de museu resolvesse propor, por dispor de autonomia administrativa e financeira à tutela, a compra dum automóvel ou a contratação de mais um funcionário. E como não poderia deixar de acontecer a oposição aproveitando mais esta não recondução da directora do museu de arte antiga por esta não concordar com o modelo de gestão praticado, através dos orgãos de comunicação social que estão sempre dispostos a dar enorme relevo a este tipo de acontecimentos, fizeram hoje um barulho do caraças como se estivesse-mos perante algo de importância transcendente como é o caso da substituição duma directora dum museu.