E como quem também viu pode constatar que erradamente foi em retaliação por parte dos colonos aplicada a máxima de "quem com ferros mata, com ferros morre". E tudo quanto antes os guerrilheiros da UPA fizeram aos colonos e bailundos os pretos fiéis aos brancos oriundos do sul, repetiu-se em relação a toda a população negra que, envolvida ou não na guerrilha, sofreu a mesma barbárie.
Sem dúvida que este trabalho de pesquisa efectuado pelo Joaquim Furtado espelha a realidade do que se passou em Angola aquando da eclosão do terrorismo, sendo importante ficar demonstrado que efectivamente a resposta das populações que se auto-defenderam e os primeiros contingentes militares que chegaram ao terreno e constataram a chacina efectuada pelos guerrilheiros da UPA, tiveram como resposta o mesmo tipo de procedimento mas numa percentagem em número de vítimas muito superior aquela que se registou em relação à população branca e aos bailundos.
Toda esta chacina dum lado e doutro poderia ter sido evitada se Salazar não tivesse impedido Norton de Matos de declarar muitos anos antes de 1961 a independência unilateral de Angola e posteriormente o General Venâncio Deslandes que na qualidade de Governador Geral pretendeu acabar com a dependência da governação de Angola, a partir de Lisboa.
1 comentário:
O meu Pai dizia isso. Mas nada justifica a barbárie dos terroristas.
Aliás. Em África, a barbárie veio para ficar.
Culpa do "branco", pois.
Abraço.
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