O congresso da discórdia

Contrariamente à mensagem que a actual direcção do PSD pretendeu passar neste congresso em vez de se pautar pela concórdia nas suas hostes, foi visível a sua marca da discórdia. Manuela Ferreira Leite, convidada pelo actual líder declinou o convite para assumir a presidência da mesa do congresso, o que não foi um bom indicador da anunciada tentativa de concórdia. A ausência de algumas figuras bem nossas conhecidas como Rebelo de Sousa, Marques Mendes e muitos outras aos quais a comunicação social quis atribuir uma importância menor não passou despercebida aos telespectadores que assistiram ao início dos trabalhos com as honras que lhe foram dispensadas pelos vários canais de televisão privada e mais uma vez com um destaque significativo da televisão pública o que desmonta a tese do governo estar a interferir na sua grelha de programação, dizia ficou bem patente aos nossos olhos que está instalada a discórdia nesta força política e nem sequer com a participação anunciada do magnânimo Santana Lopes, se registará o regresso às hostes de todos quantos se escusaram participar neste congresso, numa atitude declarada de demarcação desta liderança. Não me causaria nenhuma surpresa que estes mesmos dissidentes num futuro próximo resolvessem criar um novo partido político.