terça-feira, janeiro 22, 2008

Existem duas categorias de profissionais cuja competência é de extrema importância numa sociedade

São elas os médicos e os professores. O futuro de qualquer ser humano é sobretudo assegurado pelos ensinamentos colhidos na escola e logo no ensino básico. Daí ser extremamente importante que quem se dedica ou melhor escolhe a carreira docente, não como uma saída para uma licenciatura, para a qual não foi encontrada outra resposta em termos profissionais, mas pela vocação e os conhecimentos necessários para serem transmitidos aos alunos. Ninguém tem dúvidas que no universo das escolas públicas, básicas, secundárias e superiores, existem excelentes mestres, que ao longo da sua carreira docente sabem transmitir os seus conhecimentos aos seus alunos, mas também existem muitos outros que além de lhes faltar a vocação, falta-lhes os necessários conhecimentos para ensinarem devidamente os alunos. E são estes os responsáveis pelo mau futuro de muitos alunos que não conseguem singrar na sua vida académica acabando por desistir de estudar. O Ministério da Educação ciente dessa realidade que aliás não é de hoje existe há várias décadas, estabeleceu regras para avaliação do desempenho dos docentes as quais visam exactamente tentar acabar com a existência de maus mestres escola. E como não podia deixar de acontecer as suas organizações sindicais embora cientes desta realidade, têm contestado o sistema de avaliação implementado pelo Ministério da Educação afirmando que se pretende atribuir aos professores que vão avaliar os seus colegas o papel de carrascos. Mas os sindicatos não apresentam soluções alternativas para evitar que continuem no ensino a exercer a profissão docente gente que não tem nem qualificação nem vocação para ensinar alguém cujo futuro depende exactamente de si. De resto o mesmo princípio se aplica aos médicos quantos existem e muitos que são excelentes profissionais e outros tantos que se limitam a exercer a sua profissão sem a necessária qualidade no tratamento das doenças daqueles que a eles recorrem para ser delas tratados.

1 comentário:

Pedro disse...

O grande problema é simples de enunciar: o Ministério da Educação quer a avaliação dos docentes para poupar nos recursos financeiros, enquanto que os sindicatos querem uma avaliação à moda antiga, em que todos tinham boa nota, independentemente da sua competência.
A solução estaria numa avaliação justa, imparcial e não sujeita a quotas. Para tal acontecer teriam de ser os inspectores a avaliar os docentes e não outros docentes, que são parte interessada na matéria (se há quotas irão poupar nos Bons e Muito Bons e guardá-los para si)...
Enfim, há que estar dentro do sistema para perceber do que falo. Infelizmente, nem o Ministério, nem muito sindicalistas sabem o que é dar aulas...