Será que valerá a pena avultados investimentos aeroportuários quando o combustíveis estão a atingir preços incomportáveis

Segundo os indicadores de que dispomos o barril de petróleo a breve trecho poderá atingir o valor de 150 dólares e nada nem ninguém nos garante que não continue a subir atingindo valores absolutamente incomportáveis, sobretudo para as companhias aéreas que têm tido necessidade de rever em alta os preços das passagens e isso também pode vir atingir custos que a maioria dos passageiros não consiga suportar. Como todos nos lembramos na década de 50/6o o transporte marítimo era o mais utilizado para viagens de longo curso entre diversos países e continentes e isso obrigou a que os grandes armadores mandassem construir paquetes com enorme capacidade de transporte de passageiros. Entretanto as companhias de aviação face ao custo acessível dos combustíveis lançaram-se em força na conquista do mercado de transporte de passageiros de longo e médio curso, possibilitando deslocações em férias ou viagens de negócios a todos quantos o quisessem fazer e isso fez com que muitos dos grandes armadores que se dedicavam ao transporte marítimo de passageiros se desfizessem das suas frotas foi por exemplo o que aconteceu com o nosso País e hoje praticamente os grandes paquetes estão ao serviço de empresas que se dedicam exclusivamente ao turismo. Se tivermos em linha de conta o contínuo aumento dos preços das viagens aéreas é muito natural que tenhamos de voltar de novo a recorrer ao transporte marítimo na medida em que embora as viagens de longo curso demorem dias e não horas como o que acontece com o transporte aéreo podemos chegar a valores incomportáveis para quem tenha de se deslocar dum País para outro e ao invés das
previsões muito optimistas da nossa classe política quanto ao aumento do tráfego aeroportuário este pode muito bem cair a pique se porventura o preço do barril do petróleo atingir valores absurdos como se prevê possa acontecer. A outra alternativa ao transporte aéreo será sem dúvida o TGV desde que este seja projectado com interligação entre as principais capitais dos países e não com o objectivo de servir interesses particulares.