quarta-feira, agosto 30, 2006
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, recusou o pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para encerrar o bloqueio ao Líbano,
que já dura sete semanas.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu novamente nesta quarta-feira para que Israel encerre o bloqueio, depois de um encontro com o premiê israelense.
Mas, falando depois da reunião, Olmert disse que o cerco ao Líbano só será suspenso se os termos do cessar-fogo forem totalmente implementados.
Olmert disse que Israel se retira do Líbano apenas quando a resolução 1701 da ONU for implementada.
"(A resolução) não é um bufê onde se escolhe algo e pode se deixar outros itens de lado. Até o momento, nós aceitamos isso totalmente, este é um bufê fixo e tudo será implementado, incluindo a suspensão do bloqueio como parte de toda uma implementação de artigos diferentes", afirmou.
Olmert disse que, a não ser que os soldados israelenses capturados pelo Hezbollah no dia 12 de julho sejam libertados, a resolução da ONU "não pode ser considerada totalmente implementada".
Hezbollah
Mas, um ministro do gabinete libanês e membro do Hezbollah afirmou que não deve ocorrer a libertação incondicional dos soldados israelenses, contrariando pedido de Annan.
Segundo a agência de notícias Associated Press, o ministro libanês da Energia, Mohammed Fneish, disse nesta quarta-feira que esta libertação "não seria possível" e que os dois soldados serão libertados apenas como resultado de troca de prisioneiros com Israel.
"Este é um princípio ao qual o Hezbollah e a resistência estão aderindo", teria dito o ministro.
Armas
Israel havia dito que o bloqueio deve prosseguir até que sejam tomadas medidas concretas para impedir que sejam enviadas para o Líbano armas para o grupo Hezbollah.
As autoridades israelenses disseram que as tropas do seu país não vão sair do sul do Líbano até que a força internacional seja enviada para a região, ao lado do Exército libanês.
Annan disse esperar que isso aconteça em breve.
"Temos cerca de 2,5 mil soldados na região e esperamos dobrar o número para alcançarmos 5 mil nos próximos dias e semanas", disse ele.
"Esperamos que, ao fazermos isso, a retirada israelense continue e quando alcançarmos este número, Israel terá se retirado completamente."
A comunidade internacional se comprometeu, até o momento, com metade da força de 15 mil homens que é o objetivo da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
Após visitar Israel, Annan deve ir ao Irã e à Síria, países que mantêm vínculos com o Hezbollah.
da BBC Brasil
O chefe do governo israelita permite-se porque a comunidade internacional lhe consente, discordar das directrizes da ONU e como tem o apoio dos EUA tudo é feito como eles querem e não de acordo com as deliberações das Nações Unidas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Era de esperar!
Enviar um comentário